Angolanos resilientes nos “quartos” do Afrobasket

     Desporto           
  • Luanda     Segunda, 30 Agosto De 2021    16h06  
Jogadores da selecção sénior masculina de basquetebol - Arquivo
Jogadores da selecção sénior masculina de basquetebol - Arquivo
Cedida

Rwanda (Do enviado especial) - Após inicio inesperado e uma recuperação na ponta final da fase de grupos, foi necessário resiliência para Angola vencer esta segunda-feira o Egipto, por 70-62, e garantir os quartos-de-final do Afrobasket´2021, quando quase tudo indiciava o contrário.

As derrotas com oponentes teoricamente inferiores, Cabo Verde  (71-77) e Rwanda (68-71), quase vulgarizaram a formação mais titulada de África, e nem mesmo a vitória diante da RDC (73-58) revelou-se suficiente para apagar da memória a actuação impensável no arranque da prova.

Hoje, a selecção sénior masculina começou o jogo de forma diferente, entoando o hino nacional devido a uma avaria no sistema de som do pavilhão Arena de Kigali (Rwanda), situação que parece ter servido de catalisador para um desempenho até então nunca visto.

Angola até entrou tímida, sem poder tirar proveito das falhas do ataque adversário. Naquela altura, a solução veio do banco com Gerson Lukeny, Leonel Paulo e Aboubakar no comando do triunfo magro de 16-15 no primeiro quarto.

Na fase seguinte, os hendecampeões africanos iniciaram a marcha vitoriosa. Um jogo defensivo e ofensivo eficaz e, sobretudo, espírito de entreajuda entre os atletas resultou em vantagem no segundo quarto de 26 -19.

Com 13 pontos, Glofate Buiamba, pouco utilizado nos desafios anteriores, acabou por ser determinante no jogo de contenção e debaixo da tabela, mas foi o triplo de Carlos Morais que tranquilizou o conjunto bem na recta do intervalo, fixando o marcador em 33-25.

No reatamento, Angola manteve o ritmo intenso, sem que o Egipto desistisse da luta pelo resultado favorável, numa altura em que os jogadores, deslumbrados, permitiram que o oponente crescesse, mas sem evitar a derrota no terceiro quarto por 52-41.

A última etapa foi o da consolidação. Apesar das bolas perdidas, resultado da impaciência, a equipa foi mais colectiva e já esteve perto da sua matriz, baseada numa defesa agressiva, rápida no contra-ataque e um ataque eficaz tendo como principal arma o jogo exterior.

Os experientes Carlos Morais, Eduardo Mingas, Gerson Lukeny e até mesmo o “ressuscitado” Leonel Paulo conduziram o conjunto para um triunfo confortável de 70-62, com espírito de nação, após entoação do Angola avante no inicio da partida..

Os pupilos do espanhol Pep Clarós jogam quarta-feira, ainda em horário a definir, com o Senegal.

Ficha técnica:

Angola: Gerson Lukeny (26 min 13 pts), Childe Dundão (17/7), Carlos Morais ( 25/16), Jone Pedro (00), Jilson Bango (28/7), Leonel Paulo (12/4) Teotónio Dó (10/00), Aboubakar Gakou (14/8), Edson Ndoniema (15/4), Eduardo Mingas (25/2 ), Hermenegildo Santos (9/00 ) e Glofate Buiamba (13/9).

Egipto: Ahmed Metwaly (13 min 1 pts), Ebah Saleh (29/10), Amr Abdelhaim (22/7), Omar Farag (18/11), Anas Mahmoud (00), Youssef Aboushoua (13/7), Yusuf Sehata (18/7), Moustafa Elmekawi (6/1), Ahmed Khalaf (19/4), Aly Hamed (22/6), Omar Hussein (18/2) e Omar Uraby (17/6).
 

 

 

 





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