Luanda – Angola e Namíbia protagonizam este sábado um “derby” entre países vizinhos, a partir das 18 horas, no estádio da Paz, em Bouaké, na abertura dos oitavos-de-final da 34ª edição do Campeonato Africano de Futebol (CAN`2023), que decorre na Côte d`Ivoire.
A história dos confrontos entre estas duas selecções regista uma igualdade a três bolas na prova número 21 deste evento continental de nações, decorrida de 7 a 28 de Fevereiro de 1998, em Burkina Faso, tendo o Egipto como vencedor.
Antes desse desafio, as duas equipas enfrentaram-se na fase de apuramento para o CAN de 1996, disputado na África do Sul, onde Angola marcou a sua estreia em provas do género.
Nessa altura, os Palancas Negras venceram por 2-0, em casa, e empataram a duas bolas em território namibiano.
Actualmente com novos actores e outras competências, Angola assume favoritismos, tendo em conta a sua trajectória comparativamente melhor a do adversário, com duplo quartos-de-final obtido no Ghana`2008 e Angola`2010.
A Namíbia participou duas vezes da Taça das Nações, em 1998 e 2008, mas nunca passou da primeira fase.
Os pontos fortes de um e de outro interveniente ficam também patentes na forma como cada um se qualificou para a presente fase.
Enquadrados no grupo D, os “Palancas Negras” se apuraram para essa fase na liderança com sete pontos, fruto de um empate com a Argélia (1-1) e duas vitórias contra a Mauritânia (3-2) e Burkina Faso (2-0).
Os “Brave Warriors”, por outro lado, empataram com o Mali (0-0), consentiram goleada diante da África do Sul (0-4) e por fim surpreenderam a Tunísia (1-0).
Fora isso, a Namíbia é uma selecção que se vale pelo colectivo. Rápida no processo ofensivo e muito solidária, possui um plantel sem grandes estrelas, maior parte dos atletas evolui na África do Sul.
Destaca-se Kazapua, Amutenya, Hanamub, Katua, Petrus, Ivan Kamberipa, Haukongo, Muzeu, Tjiueza, Shalulile e Hotto.
Os“Brave Warriors”, liderados pelo seleccionador Collin Benjamin, têm na defesa o seu ponto mais vulnerável.
Já Angola tem sido mais variável nas suas atuações neste evento da CAF, onde conta com maior parte de atletas a “militarem” em formações da África, Europa e Médio Oriente.
Com processos mais evoluídos em relação ao adversário, o combinado nacional também opta pelo colectivo, mas geralmente conta com algumas pedras fundamentais para desequilibrar.
Entre as referências, o técnico luso Pedro Gonçalves conta com os atacantes Mabululu e Gelson Dala (dois golos cada), além de Fredy, Show, Zine Salvador (este último com um golo) e do guarda-redes Neblú, este último tem sido preponderantes entre os postes. MC