Andebol: Ausência de Cazanga retira capacidade de remate de Angola

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  • Luanda • Quinta, 11 Julho de 2024 | 13h08
Magda Cazanga fora do combinado nacional
Magda Cazanga fora do combinado nacional
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Luanda - A ausência da meia-distância esquerda Magda Cazanga, nos Jogos Olímpicos de Paris (França), de 26 deste mês a 11 de Agosto, retira capacidade de remate de longa distância à Selecção Nacional sénior feminina de andebol.

De acordo com o comentarista, José Constantino, em declarações esta quinta-feira à ANGOP, em Luanda, trata-se de uma jogadora diferenciada em comparação às outras da sua posição.

O antigo praticante explicou que Magda Cazanga possui um remate muito tenso, característica única entre as jogadoras angolanas.

Pela sua capacidade desportiva, lembrou que a atleta apontou, na época antepassada,168 golos, tendo sido determinante na conquista do Campeonato Nacional pelo Petro de Luanda, disputado na província de Benguela.

Tida como ausência notável no sete nacional para Paris’2024, o especialista defende que seria importante incluí-la no leque de convocadas, independentemente de um eventual rendimento menos conseguido durante a preparação.

Por tudo quanto representa em termos de qualidade desportiva, o comentarista mostrou-se surpreso pelo afastamento, acrescentando que ela, à par de Natália Bernardo, Albertina Cassoma e Juliana Machado assumem o ataque das “pérolas”, fundamentalmente em momentos mais difíceis do jogo.

Relativamente às adversárias de Angola no Grupo B, nomeadamente, Países Baixo, Espanha, França, Hungria e Brasil, José Constantino é de opinião que a selecção deve fazer o seu jogo, optando pelo contra-ataque e a boa defesa.

"Angola deve fazer o seu jogo habitual, com jogadas rápidas, ataques ensaiados com duas pivô e cometer menos faltas", concluiu a fonte da ANGOP.

Perfil:

Magda Cazanga, 33 anos de idade, evolui no CS Minaur da Romênia.

Campeã africana das nações nas edições do Congo Brazzaville (2018) e Camarões (2021).

A meia-distância, que se notabiliza pelo porte físico, leitura de jogo e capacidade de remate, participou nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (Brasil), em 2016.

Quanto à Liliana Venâncio, igualmente ausente, defende que também deveria fazer parte da selecção.

Referiu que, pela sua estatura, compleição física e experiência, a pivô seria útil nos momentos de necessário descanso de Albertina Cassoma.

“Não entendo como colocar de parte uma jogadora possante como a Liliana Venâncio”, reiterou.

Perfil:

Liliana Venâncio, de 28 anos de idade, joga no Dunareia Braila da Romênia

De 1,86 de altura e 93 kg, começou a praticar andebol em 2007.

Foi campeã Africana por três vezes em juvenil e júnior, também venceu um Campeonato Nacional de júnior.

Já na categoria de sénior, venceu duas vezes o Campeonato Africano, quatro Campeonatos Nacionais, cinco Taças dos Clubes Campeões de África, dois troféus da Taça de Angola, quatro Supertaças de Angola e cinco Taças Baba Car Fall.

Seleccionadas para os Jogos Olímpicos de Paris:

Teresa Almeida (Bá), Marta Alberto e Eliane Paulo (guarda-redes)

Helena Paulo e Chelcia Gabriel (Centrais)

Stelvia Pascoal  (lateral) Azenaide Carlos e Juliana Machado (laterais direito)

Natália Fonseca e Dolores Rosário (pontas direito)

Albertina Cassoma e Liliane Mário (pivôs). DJ/MC





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