Protegidos 2.380 ninhos de tartaruga na orla marítima angolana

     Ambiente              
  • Zaire • Sexta, 28 Junho de 2024 | 17h42
Protecção de preservação de tartarugas marinhas
Protecção de preservação de tartarugas marinhas
Luís Catraio-ANGOP

Soyo - Dois mil e 380 ninhos de tartaruga marinha foram protegidos de Setembro de 2023 a Maio de 2024, ao longo da costa marítima angolana que se estende numa extensão de 101,4 quilómetros, pelo Projecto Kitabanga.

Deste número, constam duas mil e 351 tartarugas Olivas, 22 tartarugas Couro, seis tartarugas Verdes e uma tartaruga Cabeçuda, segundo dados apresentados esta sexta-feira, na cidade do Soyo, pelo referido projecto que se dedica ao estudo e conservação desta espécie marinha.

A produção da tartaruga Oliva a que mais se predomina na costa marítima angolana, cifrou-se em cinco mil e seis neonatos, no período em balanço, segundo o estudo da Pitabanga, que não apresenta dados comparativos.

As bases de reprodução das tartarugas marinhas, também conhecidas por maternidades, estendem-se desde a praia dos Pobres, no município do Soyo, província do Zaire, até aos Flamingos, na província do Namibe.

O estudo revela, entretanto, um declínio na reprodução desta espécie, na costa angolana, devido a factores antrópicos que têm a ver com a acção humana,  que exerce uma influência negativa sobre o ciclo de reprodução e vida da tartaruga marinha, e naturais.

Entre os factores negativos, o destaque recai para a captura da espécie, recolha de ovos, a presença de animais domésticos em áreas de desova,  redes de pesca, poluição por resíduos sólidos, ao passo que, os naturais consistem na agitação marinha, erosão e desastres naturais.

Para mitigar essa situação, o projecto recomenda às estruturas centrais e locais do Estado a considerarem o uso restrito para actividades não sustentáveis, sobretudo de pesca, algumas áreas de conservação das tartarugas marinhas da costa angolana.

Acções de sensibilização das comunidades costeiras, estudantes e outras franjas da sociedade civil tiveram lugar, no período em referência, de acordo ainda com os resultados ora apresentados, em parceria com diferentes organismos estatais e privados.

Para o período de 2024/2025, o Pitabanga propõe-se a continuar com tais actividades, sobretudo, na investigação e divulgação científica, conservação e educação ambiental, assim como inclusão social.

As tartarugas marinhas são vertebrados da classe dos répteis, da ordem dos quelónios, da família dos Queloniídeos constituída por cinco espécies. Vivem nos oceanos e só vêm à terra para reproduzir-se.

As tartarugas marinhas são importantes para a biodiversidade do ecossistema marinho. Elas ajudam a manter o equilíbrio ecológico ao controlar a população de algumas espécies e fornecer alimento para outras.

O Projecto Kitabanga-Conservação de Tartarugas Marinhas, existe desde 2003 e é implementado pelo Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto.

Conta com a participação de docentes e estudantes universitários, bem como com o envolvimento de membros das comunidades locais onde tem vindo a exercer as suas actividades de investigação, conservação e educação ambiental.

Actualmente conta com uma área de actuação directa de 55,5 km, distribuída pela região do Soyo, Kissembo, Palmeirinhas, Sangano, Longa, Cuio e Manono (Bentiaba), perfazendo uma cobertura de 3,4% da costa de Angola. 

A fundação Kissama é parceira deste projecto e é responsável pela produção de materiais e actividades de educação ambiental. PMV/JL

 





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