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Projecto Cambeú intensifica lançamento de targuras ao mar

     Ambiente              
  • Benguela • Segunda, 27 Janeiro de 2025 | 09h35
Projecto de protecção e preservação de tartarugas marinhas
Projecto de protecção e preservação de tartarugas marinhas
Luís Catraio-ANGOP

Lobito - O projecto Cambeú pretende lançar ao mar, no período de desova, de Dezembro a meados de Março deste ano, na cidade do Lobito, entre quatro a cinco mil filhotes de tartaruga, soube a ANGOP.

Este domingo, foram lançadas para o mar alto, na zona da Restinga, 170 filhotes de apenas um ninho, segundo a coordenadora do projecto, Sónia Ferreira.

Considerou esta temporada como fraca, porque o projecto sofreu uma mudança na sua direcção.

"A iniciativa foi de um casal francês, que trabalhava na cervejeira Soba Catumbela, empresa que apoiava em grande medida", explicou.

Porém, este casal teve de regressar ao seu país por questões pessoais e o projecto ficou entregue aos angolanos. 

A nova direcção ainda precisa de ser conhecida para conseguir novos apoios, de acordo com a coordenadora.

Sónia Ferreira adiantou que, para o projecto funcionar, precisa de uma verba anual de quinze milhões de kwanzas para manter a sua logística, que envolve transporte, combustível salários, indumentária, alimentação, etc.

Outra dificuldade tem a ver com o número de patrulheiros, que são técnicos que controlam a desova das tartarugas, colocam os seus ovos nos ninhos e monitoram os seus movimentos.

"Antes, o projecto trabalhava com doze patrulheiros, sendo seis na zona da Restinga e outros seis no bairro do Compão. Nesta temporada trabalharam apenas quatro", revelou.

Disse, no entanto, que o projecto Cambeú pretende estender o seu raio de acção a todo o litoral da província de Benguela.

"Queremos avançar, gradualmente, a norte, para o Egipto Praia, e a sul começando pela Praia do bebé (Catumbela) até a Baía Farta"  afirmou.

Em relação à campanha de sensibilização contra a matança das tartarugas, Sónia Ferreira informou que o projecto tem aproveitado o lançamento das tartaruguinhas para dar palestras aos assistentes, sobre a sua protecção.

Além disso, tem falado com as cominudades, principalmente com pescadores para se absterem de caçar os animais, que já se encontram em vias de extinção.

Lembrou que das sete espécies de tartaruga existentes a nível do mundo, cinco apareciam nos mares do país. São elas, a tartaruga verde, a oliva, a de couro, a gigante e a cabeçuda.

"Hoje vemos apenas a tartaruga oliva, por causa da caça, não só em terra como no alto mar", considerou.

Na sua opinião, é necessário que o Ministério das Pescas e as empresas afins controlem o que sai do mar, como uma forma de proteger a espécie.

"Não temos como afirmar que as outras espécies já não existem, porque a tartaruga leva entre 16 a 20 anos para atingir a fase adulta", esclareceu.

O projecto Cambeú existe desde 2017 e conta actualmente com sete executivos. 

Já formou cerca de 80 voluntários que trabalham alternadamente nos seus tempos livres.

Apoio institucional 

A directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Mariza Kinzimba, disse que o Governo pretende apoiar o projecto Cambeú, para não deixá-lo morrer.

"Existe também o projecto Kitabanga que tem o mesmo objecto social e está em várias partes do país, mas o Cambeú está apenas na província de Benguela", informou.

Segundo a directora, o objectivo é ajudar o projecto a expandir-se em toda a costa da província.

Questionada sobre as primeiras acções, disse que já se conseguiu uma base. "Vamos requalificá-la para servir de centro de formação, porque este trabalho exige um certo treinamento", afirmou.

"Estamos a tentar trabalhar para ver se conseguimos bases nessas praias todas, assim como a logística que implica outras despesas", enfatizou.

Sobre as medidas de protecção das tartarugas, Mariza Kinzimba disse que qualquer cidadão percebe que as tartarugas chegam à praia para a desova, por isso, "não se deve matar nem comer os seus ovos, que científicamente está comprovado que fazem mal à saúde".

Apelou ao cuidado no descarte dos residuos sólidos no mar, porque muitas vezes elas confundem com alimentos e acabam por morrer.

"No dia 31 de Janeiro vamos celebrar o Dia Nacional do Ambiente e coincidentemente vamos trazer uma conferência internacional sobre a biodiversidade", informou.

Aproveitou para apelar a reflexão de todos sobre o que se tem feito para a conservação da "nossa biodiversidade" a nível nacional. TC/CRB 

 

 

 

 





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