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Projecto Cambeú devolve ao mar mais de 60 mil tartarugas

     Ambiente              
  • Benguela • Segunda, 17 Junho de 2024 | 12h42
Protecção de preservação de tartarugas marinhas
Protecção de preservação de tartarugas marinhas
Luís Catraio-ANGOP

Benguela – Sessenta e oito mil filhotes de tartarugas foram já devolvidos ao mar, na província de Benguela, nos últimos sete anos, no âmbito do projecto “Cambeú”, soube esta segunda-feira a ANGOP.

O projecto, criado no município do Lobito, tem como objectivo conservar e preservar as tartarugas marinhas, através da protecção dos seus ovos após desova ao longo da costa local.

Esses ovos são posteriormente colocados em berçários e caixas incubadoras onde ficam de 55 a 60 dias, com cuidados técnicos e científicos, e quando nascem, os bebés são devolvidos ao mar, nos locais exactos onde foram desovados. Isso acontece porque quando as tartarugas atingem a idade adulta (16 a 20 anos) voltam para desovar nos locais de nascimento.

Segundo a coordenadora do projecto, Sónia Ferreira, que falava hoje à ANGOP, protegeram igualmente 350 progenitoras de ataques de caçadores furtivos, resgataram 530 ninhos, realizaram mil patrulhas e 90 acções de sensibilização comunitária com a participação de 80 voluntários treinados pelo Cambeú.

Sónia Ferreira informou, por outro lado, que mais de duas mil crianças visitaram o projecto.

A responsável adiantou que ao longo deste período apenas duas espécies das cinco existentes foram descobertas, e aponta a caça furtiva como a principal causa da extinção das mesmas.

Sónia Ferreira apontou os pássaros, peixes e caranguejos como os principais predadores das tartarugas marinhas na sua primeira fase de vida.

Contudo, a coordenadora manifestou maior preocupação com a acção humana, que constitui a principal ameaça à sobrevivência da espécie.

“Se continuarmos a ter os humanos como predadores das mães tartarugas marinhas vamos ficar sem a espécie, visto que dos cinco tipos que a costa dispunha, apenas aparece a Oliva. A verde já não é vista há três anos”, lamentou.

As tartaguras marinhas são as principais predadoras das medusas ou alforrecas, que, por sua vez, são as maiores predadoras de larvas e das ovas de peixes tais como a tilápia, carapau, cachucho e sardinha, que são os mais consumidos no país. "Essa pode ser também uma das grandes causas da excassez dessas espécies de peixe neste momento", afirmou a coordenadora.

Elas são verdadeiras “guardiãs" dos oceanos, desempenhando um papel fundamental na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas costeiros. Essas criaturas não são apenas ícones da vida marinha, mas também têm uma importância crucial para a saúde dos ambientes marinhos que habitam.

A espécie desempenha um papel crucial na regulação das populações de suas presas, como medusas, ouriços-do-mar e algas marinhas. Ao se alimentarem desses organismos, elas ajudam a manter o equilíbrio dos ecossistemas marinhos, evitando a superpopulação de algumas espécies e o consequente desequilíbrio da cadeia alimentar.

As tartarugas marinhas são herbívoras e se alimentam de algas que crescem sobre os recifes de coral. Ao fazer isso, elas impedem que as algas se tornem excessivas e sufoquem os corais, permitindo que os corais se mantenham saudáveis e prosperem. Os corais são a base de muitos ecossistemas marinhos, fornecendo abrigo e alimento para uma infinidade de outras espécies.

A espécie desempenha um papel importante no transporte de nutrientes entre diferentes áreas do oceano. Quando elas migram, levam nutrientes de um local para outro, contribuindo para a fertilização de áreas marinhas remotas e aumentando a produtividade do ecossistema.

As tartarugas marinhas também desempenham um papel importante como fonte de alimento para diversos predadores, como tubarões, crocodilos, aves marinhas e outros animais. Essa situação natural ajuda a regular as populações de tartarugas e mantém o equilíbrio dos ecossistemas.

 Além de sua importância ecológica, as tartarugas marinhas também têm um grande valor para o turismo sustentável. Muitos destinos de mergulho oferecem a oportunidade única de observar essas criaturas em seu ambiente natural, o que incentiva a conservação das áreas marinhas e apoia a economia local.

Embora as tartarugas marinhas desempenhem um papel vital nos ecossistemas marinhos, elas enfrentam inúmeras ameaças em todo o mundo, como a pesca predatória, poluição, destruição de habitats e mudanças climáticas. CRB





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