Soyo – Cento e 13 mil pés de mangues foram plantados desde 2020 à presente data, na zona costeira da província do Zaire, pela organização ambientalista OTCHIVA, no âmbito do seu projecto de conservação desses ecossistemas.
Em declarações sábado à ANGOP, o técnico da OTCHIVA Mateus Filho, disse que essa cifra resulta das várias campanhas de repovoamento e conservação destes ecossistemas, realizadas nos últimos quatro anos, em parceria com o Governo do Zaire.
Estimou que 80% dos mangues plantados sobreviveram às intempéries e seguem o seu curso normal de crescimento, lembrando que a província do Zaire detém a maior zona de conservação de mangais, a nível do país.
Destacou, na ocasião, a importância destes ecossistemas, ao funcionarem como berçários de diversas espécies marinhas, estabilizadores de solos e contra erosões, bem como barreiras contra tempestades e inundações, entre outros benefícios.
O ambientalista garante que a sua organização prosseguirá com essa missão que conta com o apoio de algumas empresas petrolíferas que operam na região, visando o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento sustentável.
O técnico da OTCHIVA falava no final de mais uma jornada de plantação de 50 mil mangues, numa das zonas de conservação desta espécie, na cidade do Soyo, que contou com a participação directa de um grupo de mais de 200 escuteiros de ambos os sexos.
Considerados “ecossistemas de carbono azul”, os mangais são 10 vezes mais eficientes em absorver e armazenar grandes quantidades de carbono, em comparação com ecossistemas terrestres, facto que os torna essenciais para o combate às mudanças climáticas.
A província do Zaire tem uma costa marítima de 250 km traspassada pelos municípios do Soyo, Nzeto e Tomboco. PMV/JL