Icolo e Bengo - O Parque Nacional da Quiçama (PNQ) necessita de 500 novos fiscais ambientais, para cobrir os 10 mil quilómetros quadrados de extensão de flora e fauna, disse hoje, sexta-feira, o director-geral do Instituto Nacional da Biodiversidade e Conservação, Miguel Xavier.
O responsável que falava à ANGOP, à margem da visita efectuada ao PNQ pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, frisou que, actualmente, os 101 guardas ambientais "não dão conta" da cobertura total da área de conservação na preservação da vida animal e vegetal (biodiversidade), no Parque.
"É urgente o aumento de pessoal para cobrir os 50 postos de fiscalização existentes no Parque e desencorajar cada vez mais a caça furtiva", referiu.
Miguel Xavier informou que, enquanto se espera por mais efectivos, o recurso tem sido o uso das tecnologias (drones) para o reforço da preservação da vida animal e vegetal onde não há fiscais.
Segundo o gestor, o trabalho é árduo para manter a conservação e preservação de uma população animal de cerca de três mil animais de várias espécies, com realce para elefantes, gnu, impalas, veados holongo, zebras e outras.
O director fez saber que, actualmente, a nível de visitas, o Parque recebe um número considerável de turistas por semana, quer nacionais quer estrangeiros.
Sublinhou que a frequência de turistas no Parque chega a atingir uma faturação anual de 60 a 70 milhões de kwanzas.
O Parque Nacional da Quiçama, localizado no município da Quiçama, ocupa uma área de 10 km².
A sua vegetação varia das margens do rio Kwanza para o interior do Parque, com mangais, floresta densa, mosaico floresta-savana, floresta aberta e mata tropical seca com cactos e imbondeiros.CLAU/AJQ