Luanda - Angola prevê eliminar a importação e consumo dos gases de refrigeração pertencentes aos hidroclorofluorcarbonos ( HCFCs) até 2030, informou este sábado, em Luanda, a ponto focal do Ministério do Ambiente para Convenção de Viena e Protocolo do Montreal, Ivone Pascoal.
Hidroclorofluorcarbonos são substâncias químicas utilizadas, principalmente, por indústrias dos ramos de refrigeração e automotiva, na produção de espumas, na agricultura e em laboratórios, assim como são também os principais responsáveis pela degradação da camada de ozônio e aquecimento global.
Falando à ANGOP, por ocasião da comemoração hoje, do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono, referiu que o país deu início em 2012 a implementação do cronograma de eliminação faseada desses gases, por serem prejudiciais à camada de ozono e provocar aquecimento global, no quadro do Protocolo de Montreal.
Segundo a responsável, prevê-se até 2025, a conclusão da implementação desse cronograma e dar uma margem de utilização para o sector de manutenção até 2030.
Salientou que o programa está implementado a 75 por cento, cujas importações dos gases variam até 250 a 150 toneladas métricas anuais, representando uma redução significativa antes da implementação do programa e cumprimento do protocolo.
Apontou que, este resultado é fruto da realização de actividades de sensibilização sobre boas práticas de refrigeração, montagem de laboratórios de novas técnicas de refrigeração de ar-condicionados, implementação do regulamento de exportação, reexportação e importação de substâncias e equipamentos destruidores da camada de ozono, entre outros.
Referiu que em substituição desses gases foram identificadas as substâncias pertencentes aos hidrofluorcarbono, que não destroem a camada de ozono, mas tem um alto potencial de aquecimento global.
Adiantou que, a este respeito, Angola ratificou a Emenda de Kigali que precisa dar início a implementação do seu cronograma de implementação que prevê reduzir o volume de importação dessas substâncias até 2050.
A referida Emenda é um acordo que prevê a redução do consumo dos hidrofluorcarbonos (HFCs), de modo escalonado até o ano de 2050.
Com o cumprimento desse acordo, a expectativa mundial é de que haja um decréscimo de até 0,4 graus celsius na temperatura global.
Recordou que o país implementou até 2010 com êxito o programa de proibição faseada de importação de clorofluorcarbonos, por serem o grupo de gases de alto potencial de destruição da camada de ozono.
Reiterou o empenho de Angola por via do Ministério do Ambiente, da adopção e implementação de programas nacionais de redução faseada de gases utilizados no sector de refrigeração e climatização que estão na origem da destruição da camada de ozono.
O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono foi instituído depois de alguns países assinarem o Protocolo Montreal em 1987, cujo principal objectivo é a consciencialização sobre a importância dessa camada e as formas para evitar a sua destruição. SJ/ART