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Operação "maré alta" recupera mil 500 ovos de tartarugas marinhas

     Ambiente              
  • Cuanza Sul • Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 17h32
Polícia fiscal apreende ovos de tartarugas marinhas
Polícia fiscal apreende ovos de tartarugas marinhas
Luís Catraio-ANGOP

Sumbe – Uma operação, denominada “maré alta", desencadeada pela 16ª Unidade de Polícia da Guarda Fronteira (UPGF) no município do Sumbe, província do Cuanza-Sul, recuperou e devolveu mil 500 ovos aos ninhos na Praia dos Namorados e Calimbolo, comuna do Quicombo.

A informação foi prestada, esta segunda-feira, à imprensa, pelo chefe de Estado-Maior da 16ª Unidade da UPGF, superintendente Afonso Kilenda, ao referir que os implicados se encontram em fuga tão logo tomaram conhecimento da presença das forças policiais e, na sequência, abandonaram mil 500 ovos de tartarugas marinhas”.

Disse que a corporação tem provas bastantes, numa altura em que decorrem diligências para determinar e deter os infractores, para que sejam responsabilizados civil e criminalmente.

Afonso Kilenda frisou que alguns cidadãos insistem em cometer crimes ambientais colocando em risco a existência das tartarugas marinhas, daí que a Polícia promente ser implacável, por se tratar de uma espécie que pode ser extinta, devido à irresponsabilidade humana.

Por outro lado, na província do Cuanza-Sul existe o “Projecto Kitabanga” tem um pendor de inclusão social dos membros da comunidade que interage com 70 tartarugueiros, tendo as zonas mais expressivas a comunidade da Hogiua (Porto Amboim) e Wembele (Sumbe).  

O período de desova na costa de Angola está estabelecido, entre Setembro e Março, apesar de que pode haver alguma incidência fora deste período, apesar da região norte do país iniciar mais cedo.

De acordo com o coordenador do projecto Kitabanga, Michel Morais, trata-se das componentes de investigação, informação, preservação, educação ambiental e inclusão da comunidade e monitoram 17 pontos sistemáticos onde recolhem as informações da condição das tartarugas marinhas.

O projecto Kitabanga iniciou em 2010 na região das palmerinhas em Luanda e estende-se ao longo da costa de Angola, com uma evolução que permite obter informações sobre a bioecologia das tartarugas marinhas.

Os seus intervenientes estão ligados à comunidade e quem” abraça” a parte técnica é a Faculdade de Ciências, Faculdade do Namibe, onde contempla professores e estudantes.

Relativamente à população tartarugas em Angola, existem cinco espécies e três delas com alguma regularidade desovam na costa de Angola, onde importa referir que a espécie lipidochelys olivacea é dada como a maior população no atlântico e está em Angola.

No ano transacto foram monitorizados mais de 100 animais na costa de Angola. Lc/ALH





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