Ondjiva - Os munícipes do Cuanhama, no Cunene, pediram, esta quinta-feira, a administração local a melhoria dos métodos de recolha dos resíduos sólidos.
Em declarações à ANGOP, o morador do bairro Okapale, Mário Wacussanga, defendeu a necessidade da administração municipal, optar pela recolha do lixo, duas vezes por semana, para manter a cidade limpa.
"Visto que os bairros são maiores e os meios são insuficientes, a administração deve adquirir novos equipamentos e envolver mais pessoas na recolha e tratamento dos resíduos sólidos", sugeriu.
Rainha Marcial, do bairro Caculuvale, disse que verifica-se em Ondjiva, muitos focos de lixos, quando descartado o tratamento pode contaminar o solo, o ar e promover a proliferação de vectores de doenças.
Lembrou que o lixo é um dos problemas que constitui preocupação ambiental, por este facto a população deve ajudar a administração nas formas de tratamento do saneamento básico, contribuindo desta forma para um ambiente saudável.
Tome Chivela, bairro Cafito, afirmou que seria melhor que a limpeza dos principais focos de lixo ocorressem uma vez por semana, tendo em conta a quantidade na produção diária de resíduos sólidos em Ondjiva.
Reacção da administração
Por seu turno, o administrador do Cuanhama, José Kalomo, justificou que a insuficiência de meios para a recolha dos resíduos sólidos esta na base de alguns amontoados de lixo.
Adiantou que para inverter o quadro nos próximos dias, esta em curso um programa de aquisição de novos meios como um caminhão e cinco moto-lixo basculantes, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) .
A Administração conta com uma brigada municipal constituída por 106 pessoas, envolvidas na limpeza das ruas dos bairros do Ekuma, Caxila, Pioneiro Zeca, Castilho e Caculuvale, em Ondjiva.
Ondjiva conta com um aterro sanitário, de 90 mil metros cúbicos de resíduos sólidos, que contempla duas células de 45 mil metros cúbicos cada, revestidas com polietileno e têm a função de evitar a contaminação dos solos.
Construído numa área de 4,8 hectares na localidade de Kapanda, em 2017, o aterro encontra-se sob gestão do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos Sólidos e Serviços Comunitários.
Orçou em 296 milhões, 902 mil e 850 kwanzas e envolve, igualmente, uma estação de tratamento de águas residuais, uma balança com capacidade de 60 toneladas e um edifício de apoio administrativo.
Dados da instituição indicam que anualmente são produzidos 24 milhões, 60 mil e 672 quilogramas de resíduos sólidos a nível da cidade de Ondjiva. PEM/LHE/ASS