Soyo - Munícipes do Soyo, na província do Zaire, sugeriram, esta quinta-feira, a realização periódica de campanhas de recolha dos resíduos sólidos que inundam as áreas ribeirinhas do canal fluvial da zona baixa desta cidade.
Na opinião dos interlocutores, que falaram à ANGOP, o acúmulo de material inorgânico (plásticos, alumínio, vidro, material ferroso e electrónico e outros), nestes locais, representa um risco iminente para a saúde pública.
Sugeriram, por isso, uma acção concertada entre as autoridades locais, empresas e munícipes para a inversão deste quadro desolador.
Vicente Estêvão, estudante, disse recear pelos efeitos negativos sobre o ecossistema de mangais, o aumento acentuado do volume de lixo depositado nestes canais fluviais.
“Receio que o lixo possa contaminar e destruir, paulatinamente, a vegetação de mangais existente ao longo deste canal fluvial, pois este ecossistema impede o transbordo das águas para esta zona da cidade”, enfatizou.
Apontou ainda como preocupação, o facto de muitos transeuntes utilizarem estes locais para as necessidades fisiológicas, por falta de latrinas públicas na cidade.
O docente universitário Jerónimo Aguiar Casimiro, reiterou, em palestra, a necessidade da realização de campanhas periódicas de remoção de focos de lixo nestes locais, assim como a educação ambiental dos munícipes.
Para o mestre em tecnologias ambientais, a promoção de palestras, colóquios e conferências nas comunidades para abordar aspectos ligados à preservação ambiental, recomenda-se.
Uma fonte do sector do Ambiente e Saneamento Básico do Soyo, a que a ANGOP teve acesso, refere que, não obstante a escassez de meios técnicos, está previsto, para breve, o arranque de uma jornada de campanhas regulares de limpeza e remoção de focos de lixo nestes e noutros locais da cidade.
A referida campanha, segundo a mesma fonte, envolverá munícipes, empresas, organizações ambientalistas e outras forças vivas da sociedade.
A cidade do Soyo tem uma população estimada em mais de 200 mil habitantes. PMV/JL