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Mudanças nos oceanos colocam em risco espécies marinhas

     Ambiente              
  • Luanda • Terça, 07 Junho de 2022 | 15h33
Barco pesqueiro no mar angolano
Barco pesqueiro no mar angolano
Henri Celso

Luanda – As alterações climáticas, o consumo de peixes capturados de forma ilegal ou pela pesca excessiva, assim como o descarte de plástico, são algumas das práticas que podem causar mudanças nos oceanos e comprometer a sobrevivência de espécies marinhas.

Os oceanos podem ser definidos como imensos corpos de água salgada que ocupam as depressões da superfície da crosta terrestre em nosso planeta. Com uma cobertura de 70 por cento do planeta, são fundamentais para a vida humana.

As Nações Unidas declararam 2022 como “Ano Internacional das Pescas e Aquicultura Artesanal”, centrando a atenção mundial no papel dos pescadores de pequena escala e dos comerciantes de peixe.

No Dia Internacional dos Oceanos, 8 de Junho, celebra-se o papel essencial dos oceanos, como reguladores do clima, provedores de oxigénio, actores-chave no ciclo da água, fontes de recursos alimentares e energéticos e habitats de uma biodiversidade bem maior do que a terrestre.

Para Angola, o oceano é inscrito na cultura culinária, fornecendo uma parte significativa do consumo de proteína animal do país. É uma fonte de emprego em vários sectores que seja a pesca artesanal como industrial, a exploração petrolífera e mineira, o turismo, até as telecomunicações.

Com base nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Angola aprovou recentemente a Estratégia Nacional de Alterações Climáticas para reduzir os impactos, com destaque para a criação da primeira área de conservação marinha, na província do Namibe, segundo a directora do Instituto Nacional da Biodiversidade e Conservação (INBC), Albertina Nzunzi, que está a 50 por cento da sua execução.

Fez saber que o projecto, do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), visa optimizar a governação participativa da conservação marinha de Angola e criar a primeira área protegida marinha do país, adjacente ao parque nacional do Iona.

Esta foi a área escolhida devido à geografia espectacular da bacia do Rio Cunene, com as suas dunas com os pés no mar, a baía dos Tigres, a diversidade da avifauna (espécies de aves de uma determinada região), como pelicanos brancos, flamingos e as gaivinas-de-bico-vermelho, e a fauna marinha mais discreta, como o golfinho de bossa do atlântico, a baleia azul, a baleia de bossa, o golfinho, a tartaruga-marinha-olivacea e o tubarão-martelo-recortado.

Lembrou que o local é de grande importância biológica e ecológica e tem um potencial para o ecoturismo, e o projecto foca-se na optimização da pesca artesanal pela província de Luanda, no desenvolvimento da maricultura nas províncias do centro e do sul do país, e apoia a gestão comunitária dos recursos marinhos na província do Namibe.

Em 2018, o Governo angolano o decreto 252/18 com a lista vermelha de espécie vulneráveis, das 150 descritas na categoria de extintas, onde constam as tartarugas marinhas e várias espécies de tubarões.

Se as alterações climáticas não tiverem uma resposta drástica e rápida, os gases com efeito de estufa que aquecem os oceanos e lhe consomem o oxigénio, acrescidos da destruição dos 'habitats', a pesca excessiva e a poluição costeira, vão acabar com a vida marinha.

Estudos científicos revelam que se o aquecimento global persistir sem alterações, é provável que os ecossistemas marinhos de todo o planeta sofram extinções massivas similares em dimensão e gravidade à do final do Pérmico, conhecida como a Grande Mortandade, que ocorreu há 250 milhões de anos, e causou o desaparecimento de mais de dois terços dos animais marinhos.

Os desafios globais visam a busca de conhecimento e soluções para os actuais problemas climáticos e os seus efeitos colaterais sobre a saúde marinha, assim como a necessidade de se fazer avaliação sobre os impactos destes fenómenos, em especial do mar.

Ao longo dos 1650 km de costa de Angola encontram-se múltiplos habitats únicos, com a fauna associada. São bacias de rios maiores, como as do Rio Congo e Rio Cunene que são transfronteiriças, mangais, praias de areias, e baías como as de Cabinda, Mussulo, Luanda, Lobito (Benguela).

Para Angola, o oceano é inscrito na cultura culinária, fornecendo uma parte significativa do consumo de proteína animal do país. É uma fonte de emprego em vários sectores que seja a pesca artesanal como industrial, a exploração petrolífera e mineira, o turismo, até as telecomunicações.

Mais de 45 por cento dos empregos em Angola são de alguma forma relacionados ao ambiente marinho. O oceano também absorve parte dos gases com efeito estufa emitidas e estabiliza as temperaturas ambientais, reduzindo desta forma os impactos imediatos das alterações climáticas. Por isto, a conservação dos ecossistemas marinhas é de suma importância.

O Dia Mundial dos Oceanos é assinalado com o objectivo de relembrar a sua importância para o equilíbrio da vida no planeta Terra. E, para isso, são realizadas várias actividades, com realce para as campanhas de sensibilização sobre os perigos que eles actualmente enfrentam.

A data é celebrada desde 1992, no entanto a ONU (Organização das Nações Unidas) apenas oficializou a comemoração em 2008. 





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