Lubango- A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, está desde hoje, quinta-feira, na Huíla, a avaliar o estado do Parque Nacional do Bicuar e apontar soluções para atrair investimentos no turismo e gerar receitas para o desenvolvimento local.
Em declarações à imprensa, no final do encontro com o governador da Huíla, Nuno Mahapi, no âmbito da sua visita, fez saber que o objectivo é aferir a real necessidade de repovoamento animal, reabilitação e construção de infra-estruturas, serviços de fiscalização e as vias de acessos.
Declarou que vão visitar o parque, porque querem que as suas áreas de conservação geram turismo, mas ainda há muito por se fazer, pois a ideia é a posterior, com base nas lacunas que se registarem, melhorar os serviços para atrair turistas.
Destacou ainda que vão radiografar a situação dos resíduos sólidos urbano, no município do Lubango, pois não existem aterros na Huíla e o lixo é depositados numa lixeira controlada, o que contamina os solos.
Acrescentou que devem ainda trabalhar na educação ambiental, na recolha selectiva de resíduos para a sua valorização para quando chegarem no aterro, possam ter um maior tempo de vida útil.
Manifestou interesse em identificar juntos das autoridades, um local para a construção do aterro, ver a principal lixeira do município do Lubango para que poderem também trabalhar, no sentido de selarem essa lixeira quando tivermos já a célula pronta.
Por sua vez, o governador da Huíla, Nuno Mahapi Dala, realçou que o objectivo do governo local é fazer do parque do Bicuar uma potência turística não só da província, mas para a região Austral.
Na vertente dos resíduos sólidos, referiu que a ambição do Governo da Huíla não é só tratar do Lubango, mas a Matala e Caluquembe por serem municípios com um elevado número de habitantes e geram muitos resíduos.
Após o encontro, a ministra deslocou-se ao parque com o governador da Huíla, onde pretende fazer a radiografia até sexta-feira.
O Parque Nacional do Bicuar encontra-se a 165 quilómetros da cidade de Lubango, numa área de sete mil e 900 quilómetros quadrados, ocupando terras nos municípios de Quipungo, Matala, Chibia e Gambos. Foi criado com o objectivo de proteger e defender diversos animais selvagens.
O parque, tutelado pelo Ministério do Ambiente, foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e elevado a Parque Nacional em Dezembro de 1964.
Actualmente conta com 120 fiscais, mas depara-se com a falta de meios de trabalho, desde carros e motorizada para a fiscalização, tractores para abertura de picadas e materiais para os fiscais, a fim de melhorar o trabalho e manutenção das instalações.
A reserva possui grandes manadas de elefantes, palancas, olungos, mabecos, hienas, bambis, uma gama de aves e uma flora saudável, não há produção de carvão nem madeira, mas em contrapartida, tem espécies de animais instintos, como a zebra, o búfalo, o golungo, a avestruz, a impala e a gazela.