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Ministra aponta seca como consequência das alterações climáticas

     Ambiente              
  • Luanda • Sexta, 19 Maio de 2023 | 01h26
Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho
Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho
Cedida

Luanda- A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, afirmou, quinta-feira, em Nova Iorque, que Angola é um dos países da África Subsaariana que mais sofre o impacto das alterações climáticas, sendo as inundações e a seca os principais efeitos.

Ana Paula de Carvalho falava na Reunião de Alto Nível sobre a Revisão da Estrutura de Sendai para Redução de Risco de Desastres 2015-2030, que decorre na sede das Nações Unidas sob o tema: "Trabalhando juntos para reduzir o risco para um futuro resiliente."

Segundo a governante, a escala e o impacto dos desastres em vidas, meios de subsistência e ecossistemas estão em ascensão e têm comprometido todo o processo de desenvolvimento levado a cabo pelo Executivo angolano, sendo que as perdas económicas devido aos desastres, comprometem os esforços para se alcançar os objectivos de desenvolvimento sustentável.

De acordo com a ministra do Ambiente, estes custos privam o Governo de fundos que podiam ser usados na saúde, educação, protecção social e outras necessidades públicas importantes. 

 Ana Paula de Carvalho informou o plenário que Angola ratificou o quadro de Sendai em 2015, tornando-se uma das prioridades do Governo, tendo sido aprovado o Plano Nacional de Desenvolvimento com a integração da componente de redução de riscos de desastres em todos os sectores, o desenvolvimento de acções que visam consolidar a estratégia e prevenção, mitigação, resposta e recuperação, em eventuais situações de desastres que possam ocorrer fazendo recurso a lei de protecção civil.

Disse ainda que a Comissão Nacional de Protecção civil em Angola tem implementado o Plano Estratégico de Prevenção e Redução dos Riscos de Desastres e o Plano Nacional de Preparação, Contingência, Resposta e Recuperação Contra Desastres e Calamidades que se encontram em fase de revisão.

A governante fez saber que, no Quadro de Acção sobre a Redução de Risco de Desastres em África, está em curso a implementação do projecto de prevenção de desastres nas escolas e comunidades. 

 Este projecto acrescentou, em parceria com o UNICEF, elaborou materiais didácticos que retratam assuntos relacionados com a seca, cheias, malária, calamidades naturais e outros temas transversais, que serão inseridos no curriculum escolar do sistema de ensino em Angola. 

Durante a sua intervenção, destacou o trabalho do Executivo na criação e implementação de projectos em sistemas de alerta prévio que possam garantir para que as comunidades sejam informadas das ameaças a que estão sujeitas, bem como dos mecanismos de resposta para salvaguarda de vidas humanas e seus meios de subsistência. 

“Encontram-se operacionais na região Sul do país, concretamente na província de Benguela, as estações de sistema de aviso prévio do Caiave, instalada sobre o rio Catubembela e a estação do Carivo, instalada sobre o rio Coporolo. 

A recolha dos dados obtidos nestas estações, disse, permitem a monitorização remota dos pontos de medição dos níveis de água dos rios associados, para a pronta tomada de decisão das entidades competentes”, asseverou. 

Referiu igualmente sobre os grandes investimentos na modernização dos serviços de Meteorologia Nacional para um melhor apoio aos principais sectores económicos e uma monitorização eficiente do clima. 

Manifestou satisfação por Angola ter sido escolhida como ponto focal para a Implementação do programa de Serviços Climáticos da SADC denominado “ClimSa”, cujo objectivo é o reforço da cadeia de valore dos serviços climáticos a fim de incentivar o uso de produtos de monitorização e previsão climática na gestão de riscos climáticos e na gestão ambiental. 

A Reunião de Alto Nível, que termina nesta sexta-feira, fornece uma plataforma para os Estados membros,  parceiros do sistema das Nações Unidas e outras partes interessadas reflectirem sobre as conclusões e recomendações da Revisão da Estrutura de Sendai e formularem uma abordagem voltada para o futuro.

A reunião adoptará uma declaração política para renovar o compromisso e  acelerar a implementação do Quadro de Sendai até 2030. VS/ART

 

 





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