Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

Lubango regista invasão de animais selvagens em residências

     Ambiente              
  • Huíla • Quarta, 08 Maio de 2024 | 15h55
Animal abatido
Animal abatido
Morais Silva - ANGOP

Lubango – Diversos animais selvagens têm invadido áreas residenciais do município do Lubango, província da Huíla e, por ignorância, os habitantes estão a abatê-los, prática que as autoridades procuram travar, por configurar crime ambiental.

Registos dos últimos seis meses apontam para o aparecimento, na comuna da Arimba, de um serval, que foi confundido com um leopardo, assustando os habitantes da zona, que o queriam matar, mas foram impedidos pelas autoridades, que os informaram que se tratava de um felino inofensivo.

Dias depois, o animal foi localizado, com as suas crias, e devolvido à natureza.

No entanto, nem sempre os finais têm sido felizes. Esta semana, um largado do tipo varanus, parecido com um dragão, foi abatido por seguranças, a pedido de moradores do condomínio das Finanças, na mesma comuna.

A zona é circundada pelo perímetro do Aeroporto Internacional da Mukanka, que possui uma mata protegida com mais de 60 quilómetros quadrados, onde habitam várias espécies, mas a expansão da cidade para a zona, através de condomínios, coloca esses animais mais próximo dos humanos.

Em declarações à ANGOP, esta quarta-feira, a directora provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Tânia dos Santos, disse que esse animal é característico de zonas mais  húmidas.

Explicou que, provavelmente, com a paragem das chuvas, o bicho tenha saído dessa zona confinada e à procura de seu habitat, área em que agora estão as residências.

Acrescentou que a frequência desses animais nas actuais zonas urbanas começa a ser comum, por não ser o primeiro registo de um varanus, sobretudo em zonas peri-urbanas do Lubango.

A directora disse que acom  mudança para a estação seca “é normal” que comecem a aparecer, principalmente os répteis habituados à humidade.

Apelou às comunidades para comunicarem às autoridades competentes caso se depararem com esses animais, ao invés de abatê-los, pois muitos são de espécies protegidas e em risco de extinção.

A ambientalista justificou que esse comportamento resulta de “conflitos de habitat”, porque Homem “invadiu” o seu e confinou-lhe a um novo, pelo que, devido às condições climáticas teve necessidade de procurar uma nova zona húmida e foi alojar-se ali, dado que o solo começa a ficar mais seco no anterior.

“A primeira forma de actuação é pedir que a população não mate o animal, sob pena de estar a abater uma espécie em risco de extinção. Por isso, trabalhamos na educação ambiental, para que quando avistarem o animal comunicarem aos bombeiros, ou ao Gabinete do Ambiente, de modo a resgatá-lo e devolvê-lo ao seu habitat de forma segura”, advertiu.

No caso de felinos ou animais de médio porte, a directora disse que o seu Gabinete tem o apoio do Centro de Ciências e Tecnologia do Lubango, que auxilia com as câmaras tramp, que são colocadas  em sítios onde a população diz que viu os animais, para monitorizá-los.

Segundo a ambientalista, a maior parte desses animais não está a invadir as zonas residenciais, pelo contrário, as cidades é que invadiram o seu habitat, pelos que essas ocorrência vão aumentar, daí que a população deve estar preparada para lidar com isso.

Disse haver o registo do aparecimento de felinos de pequeno porte, inofensivos ao homem, e répteis, alguns deles podendo causar ferimentos ou morte a outros animais e pessoas, pelo que os humanos devem evitar aproximarem-se dos mesmos.

Histórico do animal abatido

O animal abatido, também chamado de lagarto-monitor, pertence à espécie dos grandes lagartos do género Varanus, nativos da África, Ásia e Oceânia, e é também encontrada nas Américas, como uma invasora. Perto de 80 espécies são reconhecidas no mundo.

Os lagartos-monitores têm pescoços longos, caudas e garras poderosas e membros bem desenvolvidos. O comprimento adulto das espécies existentes varia de 20 centímetros em algumas delas a mais de três metros no caso do dragão de Komodo, embora o varanídeo extinto, conhecido como megalânia (Varanus priscus ), possa ter sido capaz de atingir comprimentos superiores a sete metros.

A maioria das espécies de monitores são terrestres, mas monitores arbóreos e semi-aquáticos também são conhecidos. Na sua maioria são carnívoros, comem ovos, répteis menores, peixes, pássaros,  insectos e pequenos mamíferos. Alguns alimentam-se dtambém de frutas e vegetação, dependendo de onde vivem. MS





Fotos em destaque

Marcha sensibiliza homens para rastreio precoce do cancro da próstata

Marcha sensibiliza homens para rastreio precoce do cancro da próstata

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 17h26

Criadores de gado no Andulo clamam por financiamento

Criadores de gado no Andulo clamam por financiamento

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 17h19

Restabelecida circulação ferroviária entre Lubango e Menongue

Restabelecida circulação ferroviária entre Lubango e Menongue

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 17h14

Defendida dinamização empreendedora das artes cénicas  

Defendida dinamização empreendedora das artes cénicas  

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 17h07

Governo exorta ao uso racional dos recursos florestais

Governo exorta ao uso racional dos recursos florestais

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 16h54

PR incentiva massificação do desporto escolar

PR incentiva massificação do desporto escolar

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 16h49

Museu Nacional da Escravatura recebe visita do Presidente Biden

Museu Nacional da Escravatura recebe visita do Presidente Biden

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 16h46

Idosos com protecção social garantida

Idosos com protecção social garantida

 Segunda, 02 Dezembro de 2024 | 16h40


A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+