Menongue – O pró-vigário da Diocese de Menongue, padre António Ndumba, apelou, este domingo, à juventude da Igreja Católica para prestar uma atenção especial a preservação da natureza, com base no seu uso racional e sustentável, para o bem das actuais e futuras gerações.
O religioso falava na missa de encerramento da II jornada diocesana, que decorreu entre 3 e 6 de Outubro, sob-lema: “Jovens peregrinos, alegres na esperança”.
Na ocasião, salientou que a essência do homem só é absoluta enquanto estiver relacionado com a natureza.
Lembrou que o principal propósito para a existência humana deve-se a necessidade da preservação da natureza, daí que os jovens devem estar atentos e defendê-la, pois é nela onde está enraizada a riqueza do país.
De acordo com o prelado católico, Deus concedeu ao homem a capacidade de nomear todas as coisas existentes na natureza, numa relação de domínio, para que ele seja o administrador e não o destruidor, respeitando a natureza para a própria estabilidade da humanidade, já que todo o desencanto que o homem faz sobre a natureza recai sobre o próprio homem.
Sinalizou que fruto da má utilização da natureza pelo homem, o mundo debate-se com o fenómeno das alterações climáticas, exemplificando que no caso da província do Cuando Cubango, nas décadas de 1970 e 1980, a chuva caia no princípio de Agosto e Setembro, mas actualmente a região regista chuvas a partir de Novembro ou Dezembro, com ciclos muito irregulares.
“Está tudo a se repercutir nos aspectos climáticos pelo facto de o homem ter se tornado destruidor da natureza e não cuidador como devia ser”, lamentou.
Realçou que a grande riqueza dos jovens deve ser o amor ao estudo para ter a capacidade e conhecimento suficiente que os permita transformar em riqueza real, todas as potencialidades oferecidas pela natureza.
O padre António Ndumba aconselhou os jovens a serem defensores da vida e não aceitar teorias que podem acabar com a identidade cultural.MSM/FF /ALH
