Lubango - O chefe departamento provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) da Huíla, Abel Zamba, defendeu, hoje, terça-feira, a necessidade da implantação de um a dois polígonos florestais em cada município para inibir o abate indiscriminado da flora nativa.
A província, na era colonial, tinha quatro polígonos florestais, do Sandji e do Bundjei (Chipindo), do Waba (Caconda) e da Humpata, hoje conta com três, sendo que o do Sandji foi privatizado por ordem de um decreto, acordo com a fonte.
Em declarações à ANGOP, no Lubango, o responsável que falava sobre o abate indiscriminado de árvores que se verifica na província da Huíla, justificou ser um abate fundamentalmente direccionado ao fabrico de carvão para a sobrevivência de algumas famílias.
O IDF, continuou, tem estado a apelar as pessoas, sobretudo os administradores municipais, no sentido de contrapor-se a acção humana com a implantação de polígonos florestais de rápido crescimento, com incidência para o eucalipto.
Destacou que com a implantação de polígonos florestais, as populações vão deixar de explorar espécies nativas que são de lento crescimento e vão encontrar esse material vegetal nos polígonos florestais com plantas de rápido crescimento.
Detalhou que o eucalipto, por exemplo, para além de ser de rápido crescimento é de uma regeneração natural, pois onde uma pessoa corta está espécie, não é preciso obrigatoriamente de plantar outra, a mesma regenera-se.
Lamentou o facto das administrações municipais e a população não estarem a fazer o usufruto da produção de mudas de diversas espécies, no polígono florestal da Humpata, pois em 2022, foram produzidas 90 mil plantas e apenas 50 por cento foi absorvida.
“É por esta razão que razão que insistimos também que cada município deve ter o seu viveiro florestal e pediu às populações a colaborarem com as instituições, no que diz respeito à conservação e preservação dos recursos naturais”, reforçou.