Mbanza Kongo – O Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), na província do Zaire, denunciou, sexta-feira, em Mbanza Kongo, que cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) invadem sistematicamente a flora, explorando quantidades consideráveis da madeira e carvão vegetal.
A denúncia é do chefe do Departamento Provincial do IDF na região, Ovídio Dala, em entrevista à ANGOP, afirmando que a exploração desenfreada dos recursos florestais ocorre, geralmente, nos municípios fronteiriços da província do Zaire com a RDC.
O responsável mostrou-se preocupado com a situação, numa altura em que o IDF no Zaire debate-se com insuficiência de fiscais ambientais (dispõe apenas de 11) para uma fiscalização cerrada da flora e fauna.
Essa situação, acrescentou a fonte, é extensiva também à caça furtiva, onde cidadãos deste país vizinho abatem de forma indiscriminada quantidades consideráveis de espécies animais, muitas das quais em via de extinção.
“Há 10 anos que o IDF na província do Zaire não emite licenças para a caça comercial, para permitir a reprodução das espécies. Infelizmente, somos surpreendidos por indivíduos do país vizinho que a todo custo penetram no território nacional e fazem das suas”, sublinhou.
Para contrapor essa situação, o responsável pediu a conjugação de esforços entre o IDF e as forças de defesa e ordem interna, principalmente nos municípios que partilham fronteira com a RDC, nomeadamente Mbanza Kongo, Soyo, Cuimba e Nóqui.
Vandalização de viveiro florestal
Um viveiro florestal preparado numa área de dois hectares na localidade do Sumpi, município de Mbanza Kongo, foi vandalizado por elementos desconhecidos.
De acordo com o responsável do IDF na região, no referido viveiro estavam a ser conservadas diversas espécies de árvores, com realce para as acácias rubras que serviriam para a arborização das cidades e vilas da província.
Disse que o IDF está a encetar contactos com as autoridades tradicionais da mesma aldeia (Sumpi) para a cedência de um outro espaço para a revitalização desse projecto.
Informou que, presentemente, a província do Zaire dispõe de seis viveiros, mas todos de iniciativa privada localizados nos municípios de Mbanza Kongo, Soyo, Cuimba e Nzeto. DA/JL