Luanda - A coordenadora do grupo multissectorial do Comité Técnico de Contingência Nacional de Luta Contra Derrames e outros Poluentes apelou à população para evitar o consumo de molusco, incluindo a mabanga, nos próximos dias, devido às microalgas de quatro espécies encontradas nos mares das províncias de Luanda, Namibe e lagoa de Massabi, em Cabinda.
Falando à imprensa no final de uma reunião técnica do grupo, realizada na quarta-feira, em Luanda, Ana Paula de Carvalho ressaltou que esta medida visa prevenir situações de saúde da população.
Ana Paulo de Carvalho, que também é a ministra do Ambiente, disse que a recomendação é temporária, enquanto se prepara o material para envio a um laboratório internacional, a fim de descartar ou comprovar a presença de toxinas nas microalgas.
"Os moluscos são as que fazem a filtragem e, em caso de contaminação, facilmente essa substância poderá provocar danos ao homem ao consumir essas espécies marinhas", reforçou.
Garantiu que a nível do país já foram feitas todas as análises das amostras recolhidas, cujo resultado descarta a existência de toxinas nas microalgas encontradas nas praias e rios do país.
Apelou, por outro lado, a população ao uso e descarte correcto dos resíduos produzidos de forma individual ou colectiva em locais previamente identificados para o efeito.
Por suas vez, a directora-geral do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha, Filomena Vaz Velho, explicou que essa situação é provocada pela poluição dos mares pelo homem e pelo movimento das correntes que trazem para a costa substâncias que causam essas microalgas.
Explicou que quando se tiraram as amostras, as algas estavam na fase de crescimento e não de decomposição e com um nível de oxigênio acima da média, factores que determinaram nos resultados obtidos pelos laboratórios locais.
Salientou ser necessário controlar o excesso de matéria orgânica lançada para o mar, uma vez que constitui responsabilidade de todos a continuação das espécies marinhas e protecção da saúde do homem. SJ/OHA