Luanda - O Governo angolano prioriza a pesca responsável, protecção do ecossistema marinho e da rica biodiversidade, destacou hoje, em Luanda, a secretária de Estado para as Pescas, Esperança Costa.
Falando no encerramento da caminhada em alusão ao Dia Mundial dos Oceanos, realizado globalmente a 8 de Junho, frisou que Executivo desenvolve acções voltadas a elaboração de instrumentos para prevenir a poluição marinha no país, assentes na agenda 2025, Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022) e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (2030).
Segundo a secretária de Estado, entre os instrumentos, destacam-se a estratégia de conservação da vida marinha e o ordenamento do espaço marinho, entre outros.
Em seu entender, a poluição dos oceanos por plásticos e, principalmente, por microplásticos tornou-se numa preocupação, sendo o lixo marinho um novo problema global e transversal aos diferentes sectores da sociedade.
Para Esperança Costa, o combate aos plásticos é uma prioridade global, cuja prevenção e mitigação requer a aposta em acções combinadas e o envolvimento de todos.
“O combate deve ser feito de forma aberta e inclusiva, havendo a necessidade de todos os estratos da sociedade estarem engajados neste processo de sensibilização e educação sobre a necessidade de prevenção e de manutenção de um oceano limpo, seguro e resiliente para o benefício de todos hoje e para que as gerações do futuro possam usufruir dos serviços oceânicos”, realçou.
Por outro lado, destacou o facto de o Departamento da Economia Rural e Agricultura da União Africana ter nomeado as Primeiras-Damas parceiras e líderes locais da campanha de combate ao uso do plástico, sendo que a para a África Austral, a “campeã” é a Primeira-Dama de Angola, Ana Dias Lourenço, que é coadjuvada pela sua homóloga do Botswana.
Já a secretária de Estado para o Ambiente, Paula Coelho, apela a necessidade de existir trabalho conjunto entre ambientalistas, ecologistas e a sociedade em geral para protecção do ecossistema.
Fez saber que têm estado a pedir as associações e empresas no sentido de registarem os dados recolhidos sobre a indústria de reciclagem.
Entende ser necessário continuar a divulgar a utilidade e o apelos “de que o plástico não é lixo, mas matéria-prima para o desenvolvimento da indústria e reciclagem”.
Cerca de 13 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos a cada ano, provocando a morte de 100 mil animais marinhos por ano, além de outros danos.
Angola acompanha os números mundiais, onde 83 por cento do lixo recolhido nas águas ou zonas costeiras são resíduos plásticos.
Do porto de luyanda até a tenda da marginal, proximo ap chopingui fortaleza.
A caminhada em alusão ao Dia Mundial dos Oceanos, realizada na Avenida 4 de Fevereiro, do Porto de Luanda à Tenda da Marginal de Luanda, próximo do Museu das Forças Armadas, visou informar o público sobre o impacto das acções humanas no oceano, bem como mobilizar e sensibilizar a população para a necessidade da sua gestão sustentável.
O evento foi organizado pelo Ministério da Agricultura e Pescas (MINAGRIP), em parceria com as Nações Unidas em Angola, e em colaboração com o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), Ministério da Juventude e Desportos, organizações ambientalistas, cooperativas do sector das pescas e sociedade civil em geral.
O Dia Mundial dos Oceanos é uma oportunidade para reflectir sobre o papel importante que os oceanos têm na nossa vida.
Os oceanos cobrem três quartos da superfície da Terra e contêm 97% da água.
Segundo as Nações Unidas, mais de 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a sua subsistência.
O mundo passa pelo grande desafio de alcançar a meta de zero plástico até 2050 que, segundo as Nações Unidas, implica a necessidade de mudança na produção e consumo de plástico e a urgência na criação de políticas públicas que favoreçam a redução do uso de plásticos e a sua reciclagem.