Cameia – O governo da província do Moxico aponta a construção de infraestruturas de apoios como solução para a recuperação, gestão e fiscalização do parque nacional da Cameia, uma das maiores atrações turísticas da circunscrição.
Durante a primeira reunião ordinária do governo do Moxico, decorrido no município da Cameia, sob orientação do governador local, Ernesto Muangala, os membros mostraram-se preocupados com o actual cenário de “abandono” do parque, que tem estimulado o aumento da caça furtiva e a extinção de várias espécies de animais.
No final da reunião, o director do gabinete provincial do Ambiente do Moxico, Paulo Lumai, disse à imprensa, que o parque não dispõe de nenhuma estrutura de apoio, condicionando a fiscalização do local.
Acrescentou que face à intensa presença de caçadores nacionais e estrangeiros, muitos animais estão a refugiar-se para outras regiões do país e na República da Zâmbia.
“O Ministério de tutela nomeou uma comissão para a gestão do parque, mas devido à falta de condições de apoio e de segurança pessoal, os técnicos que integravam a comissão, recusaram-se a se instalar no local”, disse.
Defendeu a necessidade da implementação de um programa de reabilitação dos parques no país, para estimular o turismo e consequentemente a arrecadação de receitas.
O parque nacional da Cameia conta com uma área de 14 mil e 450 quilómetros quadrados. Foi estabelecido em 1935 como reserva de caça, sendo que em 1957 foi elevado para categoria de parque.
A grande fauna do Parque Nacional da Cameia era constituída, principalmente, por palancas vermelhas, songue, nunce, leão, hiena malhada, leopardo e chita.