Luanda - A Expo Recicla constitui uma excelente oportunidade de mostrar a capacidade de Angola de lidar com os resíduos que produz, afirmou a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho.
A terceira edição da Expo Recicla iniciou no sábado, em Luanda, sob orientação da ministra, para quem o evento permite ainda mostrar o nível das empresas, das cooperativas de catadores e de jovens empreendedores que actuam neste ramo.
Para a governante, a expo constitui ainda uma excelente oportunidade para o estabelecimento de parcerias do mesmo seguimento de negócios e diversos.
No seu entender, a presente edição, que termina hoje, domingo, é um marco importante no cumprimento da sua realização anual, no intuito de apresentar os negócios da reciclagem em Angola.
Destacou o trabalho desenvolvido pela Agência Nacional de Resíduos (ANR), em parceria com os actores da sociedade civil, nomeadamente as associações de defesa do ambiente, empresas privadas, assim como jovens e crianças, no reaproveitamento e valorização dos resíduos.
Aproveitou para enaltecer a participação das empresas públicas e bancos que, de certa forma, prestigiam o evento.
Salientou que o propósito é tornar a Expo Recicla uma iniciativa nacional, congregando empresas das 18 províncias do país.
Apesar de maior representatividade de participantes este ano, a governante desafiou a ANR a juntar todas as províncias na 4ª edição, a decorrer em 2025, por ocasião dos 50 anos de independência do país, para apresentarem a sociedade uma panorâmica de tudo quanto tem sido feito em prol da valorização dos resíduos.
Lei sobre plásticos
Segundo a ministra, a Lei que proibi o uso de plásticos de utilização única, no país, está na fase final de aprovação.
Trata-se das garrafas de plásticos, cotonetes, sacos plásticos, palinhas, entre outros bens que, usados uma vez, são descartados e poluem o ambiente.
Conforme a governante, a referida lei vai prever sanções e um período para os produtores encontrarem soluções ou elementos que substituam esses materiais.
Por outro lado, Paula de Carvalho insistiu na promoção da educação ambiental nas comunidades, com vista a combater a caça furtiva, queimadas e o abate de árvores.
O último dia da expo foi marcado por mesas redondas sobre a "educação ambiental e sustentabilidade" e "crescimento populacional face aos desafios da preservação ambiental".
A primeira edição aconteceu em 2021, com a participação de 50 expositores e mais de mil visitantes. A segunda, em 2023, registou um número maior de visitantes e expositores, com um volume de negócios avaliados em mais de cem milhões de Kwanzas. SJ/OHA