Dubai (Do enviado especial) – A Expo City Dubai, local onde acontece, a partir desta quinta-feira, a COP 28, é uma cidade centrada no futuro que está situada, a sul do Emirado, no espaço da Expo 2020, primeira exposição mundial realizada fora da Europa e da América do Norte.
Aberta no primeiro dia de Outubro de 2022, a Expo City mantém muitas das ofertas que encantaram os visitantes na exposição mundial, incluindo o Al Wasl Plaza, a torre de observação Garden in the Sky e o famoso recurso aquático Surreal.
Acessível através do metro do Dubai, o local tem mais de quatro mil quilómetros quadrados e pode se encontrar o Centro de Exposições do Dubai (DEC), local de várias cimeiras globais, conferências e concertos musicais.
Os principais pavilhões temáticos permanecem, nomeadamente os pavilhões da Mobilidade, da Terra e o da Sustentabilidade, para experiências educativas e interativas, enquanto o da Oportunidade tornou-se o Museu Expo 2020 Dubai.
A cidade alberga ainda os pavilhões mais populares de países, do evento, como dos Emirados Árabes Unidos (EAU), o premiado da Arábia Saudita e espaços reformulados para Luxemburgo, Paquistão e Austrália, entre outros.
O objectivo é tornar a localidade um destino inteligente e futurista, ideal para negócios e inovação, existindo endereços para escritórios e empresas com metas climáticas sustentáveis.
Como parte do Plano Director Urbano do Dubai 2040, a região está livre de plástico descartável e também é a primeira comunidade com certificação WELL, uma referência global para comunidades saudáveis.
COP – Conferência das Partes (paises) 28
A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, também denominada COP (Conferência da Partes) 28, começa esta quinta-feira no Dubai, EAU, e termina a 12 de Dezembro.
Sharm el-Sheik, no Egipto, no ano passado, passou o testemunho a Dubai que “está exigida” a fazer um balanço global da situação climatérica mundial, depois de oito anos do Encontro de Paris.
Na COP 21 em Paris, em Dezembro de 2015, surgiu o chamado Acordo de Paris, no qual quase todos os países do mundo se comprometeram a limitar o aumento da temperatura média global a dois graus celsius (2ºC) acima dos valores da época pré-industrial, e de preferência não ultrapassar 1,5ºC.
No entanto, a temperatura no planeta tem vindo a aumentar as níveis nunca antes vistos e inaceitáveis, por grande parte devido à acção do homem, nomeadamente pela queima de combustíveis fósseis, que provoca a emissão de gases como o dióxido de carbono (CO2).
O acordo prevê um mecanismo de compensação de emissões, o mercado de carbono, bem como prevê que cada país apresente as suas contribuições para baixar as emissões.
A redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) é o grande objectivo das reuniões da ONU, onde ganha também cada vez mais espaço a discussão sobre adaptação às alterações climáticas.
Além de delegados, a cimeira vai juntar dezenas de milhares de participantes, entre Chefes de Estado e Governo ou seus representantes, empresas privadas ou organizações da sociedade civil.
Angola participa do encontro, com uma vasta delegação, chefiada pela ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho.
Para esta edição da COP foi indigitado como presidente da conferência, o empresário dos petróleos e ministro da Indústria dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Al Jaber. VIC/VC/ADR