Luanda - O Executivo angolano está empenhado em apoiar e promover iniciativas que visam divulgar a visão para o hidrogénio verde em Angola, afirmou esta quinta-feira, em Luanda, a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho.
A governante falou na “conferência internacional Green Card - Clean Energy” que serviu para apresentação do projecto piloto "Global Green”, focado na produção de amónia e hidrogénio verde.
A ministra manifestou a disponibilidade de unir-se aos interessados na luta contra as mudanças climáticas, para promover um futuro mais sustentável para o planeta.
“Estamos todos cientes dos desafios que enfrentamos. O aumento exponencial da temperatura do planeta é uma realidade alarmante e os seus efeitos nefastos estão cada vez mais visíveis e devastadores”, realçou a responsável.
Nesta conformidade, afirmou que o Ministério do Ambiente conta com a participação e o compromisso de todos, através de parcerias estratégicas.
Revelou estar em desenvolvimento o “Club do Green Card Clean Energy”, uma plataforma para empresas, comprometidas com a sustentabilidade partilharem conhecimentos e melhores práticas.
Considerou ser fundamental investir na educação ambiental das crianças, sensibilizando-as para a importância do hidrogénio verde e de práticas sustentáveis.
Na sua intervenção, a ministra disse que a adopção massiva do hidrogénio verde representa um avanço significativo na transição para uma economia de baixo carbono.
“Para além do hidrogénio verde oferecer uma fonte de energia limpa e renovável, pode ser um motor de inovação, crescimento económico e de criação de empregos”, declarou.
Na ocasião, a representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Denise António, frisou que Angola está bem posicionada para se tornar um importante centro de produção global de hidrogénio verde.
Realçou que o potencial para a produção local de hidrogénio verde é evidente em Angola, que precisa ter mais ousadia e ambição para explorar e produzir quantidades substanciais, aproveitando o potencial das energias renováveis do país.
Frisou que o hidrogénio verde pode permitir que esta energia seja capturada e exportada para mercados dentro e fora do continente.
A intervir no encontro, a fundadora da empresa Nzolani Renewable, que detém o Projecto Global Green, Verónica Choconesa, considerou imprescindível a energia limpa para a saúde do planeta, destacando, em particular, a importância do hidrogénio verde.
A conferência “Green Card Clean Energy”, realizada hoje, é uma iniciativa anual da Nzolani Renewable que visa promover a inserção e o dinamismo do sector energético nacional nas energias limpas, com foco no hidrogénio verde.
Durante o certame foram ainda abordados, dentre outros, temas como “as mudanças climáticas no contexto global das nações” e o “plano de implementação do hidrogénio verde”. CPM/OHA