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Estudo alerta para mais frio na Huíla e calor no Namibe e no Cunene    

     Ambiente              
  • Huíla • Quinta, 01 Fevereiro de 2024 | 15h28
Serra da Leba vista do miradouro da Huíla
Serra da Leba vista do miradouro da Huíla
Morais Silva - ANGOP

Lubango – As províncias do Namibe e do Cunene, com clima semi-árido, estão cada vez mais quentes e secas, enquanto a Huíla, na altitude, regista temperaturas mais frias e precipitações intensas, alerta um estudo realizado na região Sul, nos últimos nove anos, por estações meteorológicas.

A informação foi avançada pelo engenheiro ambiental, Evanilton Pires, que alerta o Executivo e a população a estarem preparados para ocorrências extremas, de secas e inundações na região Sul do país, apesar da zona ter uma tendência de “normal climatológica” a longo prazo.

O também investigador dissertava o tema “Tendências meteorológicas do Sul de Angola”, durante o Fórum Provincial sobre as Alterações Climáticas, realizado quarta-feira, 31, no Lubango, no quadro do encerramento da Semana Nacional do Ambiente.

O pesquisador afecto ao Instituto Superior Politécnico Tundavala (ISPT) referiu trata-se de evidências de estações meteorológicas do Centro de Serviços Científicos da África Austral para as Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos (SASSCAL), sob gestão do ISPT, com equipamentos nessas três províncias.

Desde 2015 a 2023, ressaltou, o Namibe observa um aumento de 0,5 graus/ano na temperatura com variação média de 22-23,5ºc e continua a subir, já a precipitação com o mínimo de 30 milímetros e máximo de 220, mostrando uma redução de quatro milímetros/ano, com temperaturas mais altas e menos chuva.

No caso do Planalto da Huíla, o engenheiro ambiental afirmou que as evidências são contrárias, onde a temperatura tem diminuído 0,02 graus/ano (17-17,7ºc)  e as precipitações estão a aumentar 25 milímetros, ou seja, de 600 para 1350 mm/ano.

Avançou registar a tendência do aumento das precipitações e as mesmas vêm em períodos muito concentrados, mas o ideal seria ter a chuva distribuída por toda a época chuvosa, o que já não acontece há anos com a ruptura da precipitação.

“Temos chuva nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro. Em Janeiro cai pouco, depois volta em Fevereiro e Março, mas é em Abril que começa a parar. Essa quantidade a cair num curto espaço de tempo produz problemas e se ficamos mais tempo sem chuva, a humidade potencial que fica numa determinada zona desaparece”, manifestou.

Já no Cunene, segundo Evanilton Pires, os estudos observaram um aumento anual de 0,2 graus/ano da temperatura, ou seja, da média de 23 para 25º, ao passo que sobre as precipitações ainda os dados são incipientes.

Destacou que o clima é um importante factor condicionante de grande parte dos aspectos ambientais em diferentes momentos, principalmente quando se fala em actividades a realizar, limitando a ocorrência de espécies vivas, a dinâmica da crosta terrestre, da exploração dos recursos e usos do solo.

Evanilton Pires defende a necessidade da realização de estudos regulares sobre o assunto e o seu monitoramento, para a tomada de decisões colectivas.

“Grande parte da necessidade da adaptação e resiliência às alterações climáticas vem da preparação para esses eventos extremos”, referiu

No se entender, sempre que se retira algo da superfície terrestre, há influência directa nas características ambientais, principalmente no clima, o que afecta a comunidade, pelo que existem vários níveis para intervenção, a fim de tentar manter a resiliência e ao mesmo tempo preparar-se para as adaptações, sem perder os recursos naturais que existem.

Por sua vez, a directora do Gabinete provincial do Ambiente, Gestão dos Resíduos e Serviços Comunitários da Huíla, Tânia dos Santos, referiu ser fundamental olhar para as políticas a nível da governação local, de modo a orientar mecanismos para que a comunidade comece a estar preparada para qualquer fenómeno extremo.

Durante o fórum, para além das “Tendências meteorológicas do Sul de Angola”, foram ainda debatidos temas como  “Sequestro de carbono nas florestas de savana”, “Resiliência Climática no Sul de Angola” e “Impacto das alterações climáticas nas crianças e adolescentes”. EM/MS





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