Menongue - O processo de monitorização de elefantes via satélite, no Parque Nacional do Luengue, comuna do Luiana, município do Rivungo (Cuando Cubango), teve início sexta-feira, com a colocação de coleiras com GPS para acompanhar o movimento das manadas.
Operação idêntica já foi realizada por especialistas em biodiversidade em outros países que fazem parte do projecto transfronteiriço Okavango-Zambeze, integrado por Angola, Zâmbia, Namíbia, Zimbabwe e Botswana.
Desta vez, faz-se de forma abrangente, com a participação de especialistas angolanos e namibianos.
Segundo uma nota chegada à ANGOP, para a localização dos animais e colocação das coleiras (GPS) está disponível um helicóptero que irá facilitar a tarefa dos especialistas em biodiversidade em oito elefantes, integrantes de várias manadas que circulam no território angolano.
Na ocasião, o director do gabinete provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários no Cuando Cubango, Júlio Bravo, informou que foram identificadas quatro zonas de maior circulação de elefantes, designadamente o corredor do Cuando, Bua-Buata, Pico de Angola e o interior do parque do Luiana.
Nestas zonas, acrescentou, as manadas de elefantes são vistas com frequência.
O parque do Luengue, no município do Rivungo, foi fundado em 2011 e ocupa uma área de 22,610 quilómetros quadrados.
O projecto transfronteiriço KAZA, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, é desenvolvido por cinco países com maior população de elefantes.
A província angolana do Cuando Cubango possui a maior população de elefantes de Angola.
Segundo o censo de 2016, o Botswana é o país africano com maior número de elefantes. Contava com mais de 130 mil elefantes. Devido à caça ilegal, continua a perder milhares de animais, anualmente.