Brazzaville (Do enviado especial) - A primeira Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento, iniciada terça-feira, em Brazzaville, República do Congo, termina esta sexta-feira, com a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos países da Bacia do Congo.
Na cimeira, a delegação angolana será chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.
Nos trabalhos dos peritos e na reunião dos ministros dos países representantes da Bacia do Congo foram analisados, entre vários aspectos, a necessidade de se trabalhar para se manter as florestas protegidas, no quadro de uma gestão sustentável deste recurso importante para os seres vivos.
Segundo a ministra do Ambiente de Angola, Ana de Carvalho, a conferência sobre florestação é um marco importante para o continente e para o mundo, pois reafirma o compromisso colectivo com a sustentabilidade ambiental, o combate às alterações climáticas e a conservação da biodiversidade.
A governante angolana, que falava na reunião de ministros, sublinhou que a luta contra a degradação florestal e a desertificação é uma responsabilidade compartilhada e Angola está empenhada em implementar políticas robustas e projectos inovadores que não só protegem o ambiente, mas também melhoram a vida dos cidadãos.
A 1ª Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento é uma iniciativa africana que visa definir estratégias para promover a recuperação de florestas degradadas, a preservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas.
É objectivo do encontro discutir medidas eficazes de contenção dos fenómenos danificadores do ambiente, numa altura em que o mundo se debate com o flagelo da desflorestação e do abate indiscriminado de milhares de árvores.
Segundo especialistas ambientais, o derrube indiscriminado de árvores propicia as alterações climáticas, daí que os Estados no mundo têm o compromisso de reduzir a temperatura do ar em 2,5 graus célsius até ao meio do século XXI e em 1,5 graus até ao final deste período.
Em Angola, o Governo tem o desafio de traçar as melhores estratégias para combater o abate de árvores e animais, nas principais zonas florestais do país.
O desmatamento florestal, no país, é um facto, com a exploração anárquica e desregrada da fauna e da flora, pondo em risco a vida selvagem de diversas espécies.
Esse fenómeno é real em várias florestas, como a do Maiombe, a segunda maior do mundo, atrás da Amazónia, na América do Sul, conhecida, também, como o segundo pulmão do planeta terra.
Trata-se de uma reserva florestal tida como um verdadeiro paraíso turístico para os amantes da natureza, com árvores que chegam a mais de 50 metros de altura, e recursos faunísticos como elefantes, gorilas, chimpanzés e papagaios.
Participam no evento de Brazzaville especialistas e ambientalistas em representação de vários países que abordaram temas como técnicas de plantio, financiamento de projectos de reflorestamento e envolvimento das comunidades locais na preservação ambiental.
Fazem parte da Bacia do Congo 17 países da África Central e Oriental, incluindo Angola.AC/MCN
