Brazzaville (Do enviado Especial) - A comissária para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Meio Ambiente Sustentável da União Africana (UA), Josefa Sacko, pediu nesta quinta-feira, na cidade de Brazzaville (República do Congo), acções concretas para o combate a desflorestação no continente africano.
“Pouco se tem feito a nível de acções concretas para combater a desflorestação, motivo que leva os países africanos a debaterem sobre a necessidade urgente de se florestar e reflorestar o continente”, explicou.
Falando na primeira Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento, que decorre de 2 a 5 do corrente mês, a comissária pediu a União Africana para trabalhar, agora, na protecção das florestas e do meio ambiente, para garantir um futuro melhor às novas gerações.
"Na União Africana existe a Estratégia das Florestas, que fala em torno de toda a cadeia global e do papel que joga esse recurso para a segurança alimentar, ciclo da água para a irrigação e consumo humano", referiu.
Fez saber ainda que os países debatem-se com os solos degradados, devido às alterações climáticas e desmatamentos, razão pela qual têm de existir políticas próprias para gestão sustentável das florestas.
Para o sucesso de todos os aspectos relativos à protecção das florestas, Josefa Sacko recomendou aos estados maior engajamento, no sentido de mobilizarem os recursos necessários.
"Os governos devem alinhar a estratégia continental às suas estratégias nacionais de florestação e reflorestamento", asseverou.
Na primeira Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento, promovido pelo Governo da República do Congo, participam ambientalistas e especialistas da União Africana e Nações Unidas ligados ao ambiente e recursos florestais.
O evento está a ser presidido pelo Primeiro-Ministro do Congo, Anatole Makosso, e conta com a presença da ministra angolana do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, que visitou as instalações reservadas para a Comissão do Clima da Bacia do Congo.
A referida comissão trabalha para a preservação e sustentabilidade do segundo maior pulmão florestal e climático do mundo e agrega 17 países, entre os quais Angola e República do Congo. AC/OHA