Lobito - O Centro de Informação, Observação e Monitorização de Aves, localizado no Lobito, pretende dar oportunidade para munícipes e turistas obterem informações crediveis e pontuais sobre as zonas humidas e espécies que ali habitam, soube a ANGOP, esta sexta-feira.
Segundo o seu responsável, Madaleno Constantino, o único centro do género no país até ao momento tem uma equipa de especialistas que estão em condições de dar explicações sobre a fauna e flora nos mangais da cidade.
Tem uma gestão participativa e qualquer entidade ou instituição pode ter acesso a informações relacionadas com aqueles ecossistemas.
O responsável do CIOMA informou que estão disponíveis instrumentos de observação à distância, nomeadamente binóculos com uma capacidade de resolução muito elevada, bem como um telescópio.
"Destacamos uma equipa permanente de três membros que trabalham de forma voluntária, quatro dias por semana", esclareceu.
Disse estar numa fase experimental e pretende que as pessoas conheçam e se interessem pelo meio ambiente, sobretudo pelas aves aquáticas e migratórias.
Madaleno Constantino adiantou que o Centro tem conexões internacionais e está certificado desde 10 de Outubro de 2023, pela Wetland Link Internacional, organização que reúne os principais centros de zonas húmidas a nível do mundo.
"São mais de 200 centros que fazem parte desta Associação e nós somos membros de pleno direito", revelou.
Em termos de acções, afirmou que o CIOMA tem estado em contacto com a sua congénere portuguesa, Espaço de Verificação e Observação de Aves (EVOA), com a qual tem tido actividades conjuntas, de forma remota, à distância, fazendo uso das tecnologias de informação.
"Sexta-feira, vamos reunir um grupo de meninos de rua para que se interesse e sejam amigos do ambiente e dar-lhes a oportunidade de conhecer as aves que habitam nos mangais", disse.
O responsavel desafiou governantes, académicos, cientistas, principalmente turistas, para que deixem de estar confinados nos hotéis e visitem a zona para torná-la um lugar de referência.
Deixou recomendações no sentido dos munícipes protegerem as lagunas do Lobito, nomeadamete a proibição de deitar o lixo, de pescar, caçar aves e colocar armadilhas, devendo conservá-las. TC/CRB