Luanda – Angola, através do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), reafirma o compromisso de proteger as zonas húmidas existentes em todo o território nacional, desenvolvendo estudos científicos que visam a sua identificação.
Numa nota divulgada hoje, quarta-feira, por ocasião do Dia Mundial das Zonas Húmidas, o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA) refere que a identificação dessas áreas visa permitir a sua ascensão à categoria de zonas de conservação permanentes, com base na Lei das Áreas de Conservação Ambiental.
O 2 de Fevereiro foi proclamado Dia da Convenção sobre Zonas Húmidas ou “Convenção de Ramsar”, adoptada nesta cidade iraniana, em 1971.
O MCTA realça a liderança do Presidente da República, João Lourenço, na conservação de mangais, num projecto que tem vindo a ser implementado com o apoio da sociedade civil e parceiros, visando contribuir para o reflorestamento das zonas húmidas do litoral do país.
Enaltece, igualmente, o papel da sociedade civil e das associações de defesa do ambiente, pelo empenho na recolha de resíduos e no amplo apoio de sensibilização em prol da protecção e conservação das zonas húmidas do país.
O lema adoptado este ano, “Agir pelas zonas húmidas é agir pela humanidade e pela natureza”, traduz a crescente preocupação mundial com a integridade e o equilíbrio ambiental das zonas húmidas.
As zonas húmidas figuram entre os sítios mais ameaçados do planeta, por representar, em grande medida, áreas para a instalação ou construção de empreendimentos habitacionais e de lazer, exploração desordenada e predatória não compatível com a utilização sustentável dos recursos naturais.
A Convenção de Ramsar é o tratado intergovernamental pioneiro em fornecer uma base estrutural para a cooperação internacional e a acção nacional para a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, em concreto, das zonas húmidas e seus recursos.
O Estado Angolano tornou-se membro da Convenção de Ramsar a 10 de Outubro de 2021, tendo sido inscritos 10 sítios Ramsar.
Angola desencadeou, em 2021, uma mega campanha de reflorestação dos mangais ao longo da sua orla costeira, que mobilizou milhares de voluntários de organizações da sociedade civil, de instituições públicas e privadas, nas províncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Cuanza Sul e Bengo.
Em 10 meses (até de Dezembro de 2021), foi plantado um milhão de mangues nessas localidades.