Luanda – Um novo estudo para expor a quantidade de metano retirado de poços petrolíferos no litoral de Angola e do Gabão e ajudar a mapear emissões deste gás vai ser realizado, em breve, pelas Nações Unidas (ONU).
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo Observatório Internacional de Emissões de Metano do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) que aponta como meta a cobertura da lacuna regional da “falta de dados sobre emissões no sector de petróleo e gás”.
Os dois países juntam-se à Nigéria no grupo dos principais produtores de petróleo no continente, sendo que a Pnuma recomenda investimentos e acções com foco em factores dessas emissões.
O metano tem potencial de aquecimento global mais de 80 vezes maior que o do dióxido de carbono, chegando a durar até 20 anos após a liberação na atmosfera.
A emissão deste gás de efeito estufa pode ocorrer nos estágios da produção, exploração, extração, transporte e armazenamento do recurso. Existem fugas de equipamentos como válvulas, bombas e tubulações durante o transporte e armazenamento de gás natural.
A agência da ONU destaca que a redução das emissões de metano é uma das medidas mais eficazes a ser tomada pelo sector energético para ajudar a enfrentar a crise climática.
Os alvos de redução do Acordo de Paris não podem ser atingidos sem o corte das emissões de metano em 40%-45% até 2030, destaca o Pnuma.
Para a agência, é necessário ser preciso no alcance desta meta.
Com a Nigéria, Angola e Gabão ocupam o topo dos principais produtores de petróleo na África. HEM/VIC