Lubango - A ministra do Ambiente, Ana Paula Chantre de Carvalho, pediu hoje, segunda-feira, à sociedade a unir sinergias para o combate à desertificação, promovendo uma gestão sustentável dos solos, para que a nova geração possa ter acesso aos recursos naturais vitais de que o país dispõe.
A ministra fez esse apelo na abertura do Workshop sobre Gestão Sustentável dos Solos como Instrumento de Combate à Desertificação” no âmbito do 17 de Junho, Dia Mundial de Combate à Desertificação, sob o lema “Unidos Pela Terra, Nosso Legado, Nosso Futuro”.
Apontou o uso inadequado dos recursos florestais, em especial os da biomassa, a prática agro-pecuária e manuseio do solo de forma intensa, desmatamento, queimadas, secas severas e inundações como alguns dos factores que estão na origem da desertificação.
As alterações climáticas, segundo a governante, têm os seus efeitos no sul de Angola, principalmente nas províncias da Huíla e do Cunene e, só juntos poderão encontrar soluções, para ultrapassar os problemas, a curto, longo e a médio prazo, mediante acções “muito bem” planificadas.
Explicou que Angola na qualidade de membro, ratificou e adoptou as medidas definidas na Agenda 2030, comprometendo-se a acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas vivam em condições de prosperidade e resiliência.
Por conseguinte, prosseguiu, para o alcance dos objectivos de desenvolvimento sustentável é fundamental a aplicação de medidas e a tomada de acções sustentáveis, não só a nível ambiental, mas também a nível económico e social.
“Embora seja um compromisso assumido por vários Estados, que se torna necessariamente uma responsabilidade dos Governos e dos países para que os objectivos sejam alcançados, é necessário o envolvimento de todos”, frisou.
A ministra assinalou que com esse evento pretende-se garantir o alinhamento com as Nações Unidas e com o Plano Nacional de Desenvolvimento 2023/2027.
No Workshop sobre “Gestão sustentável dos Solos como Instrumento de combate à desertificação”, foram abordados, entre outros, temas como “Angola no Mapa Global da Desertificação, e o “Impacto da Seca na Segurança Alimentar, Exploração de Recursos Minerais.
Participam no evento membros do Governo, académicos, entidades tradicionais, religiosas e sociedade civil.
Na terça-feira, a ministra desloca-se ao município dos Gambos, onde visitará as zonas afectadas pela seca. BP/MS