Menongue - O director do gabinete do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários no Cuando Cubango, Júlio Bravo, reconheceu os futuros benefícios do Projecto de Resiliência Climática e Segurança da Água em Angola “RECLIMA”, para o bem-estar da população.
O RECLIMA é um projecto do governo, que tem um financiamento de 300 milhões de dólares do Banco Mundial (BM) e Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que vai permitir ao Estado angolano melhorar o abastecimento de água e reforçar a gestão dos recursos hídricos, para uma maior resiliência climática em oito províncias seleccionadas, das 18 que compõem o país.
Com a duração de cinco anos, o projecto, que inicia no próximo mês de Fevereiro, será implementado nas províncias do Cuando Cubango, Benguela, Huíla, Cuanza Sul, Cunene, Namibe, Zaire e Luanda, para beneficiar cerca de 1,2 milhões de pessoas.
Júlio Cabral fez este pronunciamento, na terça-feira, durante o acto de consulta pública sobre o projecto “RECLIMA”, tendo reconhecido que a sua implementação no Cuando Cubango visa dar uma clara chamada de atenção à população para a preservação contínua e transversal do meio ambiente e assegurar o bem-estar das actuais e futuras gerações.
Por seu turno, o especialista social do projecto, afecto ao Ministério de Energia e Águas, Francisco Ngongo, explicou que o projecto RECLIMA tem três componentes e a primeira inclui a reabilitação e expansão dos serviços de abastecimento de água em áreas urbanas e peri-urbanas, bem como a manutenção e reparação dos sistemas de abastecimento de água rurais.
Já a segunda vai apoiar províncias seleccionadas e os seus municípios, com investimentos no desenvolvimento de recursos hídricos.
Inclui ainda a reabilitação e construção de represas de areia, cisternas, pequenos reservatórios, abastecimento de água canalizada, furos, poços protegidos e medidas de conservação do solo e da água em bacias hidrográficas seleccionadas.
A terceira componente consiste em apoiar a gestão de projectos e a coordenação interinstitucional.
O programa de consulta pública do género será promovido esta quarta-feira (18), no anfiteatro do governo, com a participação de autoridades tradicionais, entidades religiosas e líderes comunitários.