Huambo – O rei do Huambo, Artur Moço, destacou, esta segunda-feira, a necessidade da distribuição regular de fertilizantes e outros meios agrícolas aos camponeses, para aumentarem os níveis de produção e melhorarem as áreas de cultivo.
O soberano falava durante a visita do governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, à ombala Wambo, situada na localidade do Samissassa, tida como a capital do poder tradicional do Reino do Huambo.
Na ocasião, o rei disse que os camponeses necessitam de instrumentos de trabalho, fertilizantes e sementes, para poderem trabalhar a terra e produzir mais alimentos, para reforçar a segurança alimentar das famílias.
“A população do Huambo é bastante humilde e trabalhadora, mesmo com dificuldades nunca cruza os braços, daí o pedido de, pelo menos, ter acesso aos fertilizantes com maior regularidade, para produzir mais comida (…) pois tem agricultura como principal actividade”, salientou.
Artur Moço pediu, igualmente, a expansão da rede de energia eléctrica, tanto pública, como domiciliar, em todos os bairros do município do Huambo, para promover o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução da criminalidade.
Solicitou o reforço do sistema de abastecimento de água na periferia da cidade, com a construção de furos, sobretudo, nas localidades mais recônditas, para além da melhoria das vias de acesso e do alargamento da rede sanitária, com a transformação dos postos em centros de saúde, na perspectiva de aumentar a oferta de serviços médicos/medicamentosos.
Soberano disse ser importante que o governador Pereira Alfredo preste, também, uma atenção especial ao acesso à educação e à formação técnico-profissional.
O rei do Huambo augurou a requalificação da Ombala Wambu, para conferir maior dignidade ao soberano e aos 41 membros da corte, com um controlo de 439 sobas, que clamam pelo pagamento pontual dos subsídios e de uniformes.
Em breves declarações, o governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, prometeu resolver a situação dos fertilizantes e, sobretudo, cooperar com as autoridades tradicionais na resolução dos problemas da população, que constituem o centro da governação.
Reza a história que a ombala Wambu, considerada como a antiga capital da cidade do Huambo, foi onde se concentraram os primeiros portugueses a chegar nesta região do país, na época da luta de ocupação colonial e só depois a urbe evoluiu para o bairro da Rua do Comércio, ao longo da linha férrea do Caminho-de-Ferro de Benguela.
Desde a fundação no século XV, o reino do Huambo, que abrange o município com o mesmo nome, o da Ecunha e parte dos territórios da Caála e da Chicala-Cholohanga, já foi liderado por N’gola Kiluange, Nganda La Kawe, Tchissili, Nhime Ya Pequela, Cahala Kanene, Tchingui Chinene, Livongue I, Catchiungungo, Tchilembo Tchongoma, José Filipe Moço I e Armando Chimuco (Tchongolola). ALH
