Serviços Prisionais com mais de mil hectares para fomentar agro-pecuária

     Agricultura           
  • Huambo     Quinta, 08 Julho De 2021    15h31  
Campo agrícola
Campo agrícola
Angop

Huambo – Mil e 74 hectares de terras aráveis estão à disposição dos Serviços Prisionais na província do Huambo, para fomentar a produção agro-pecuária, com foco na auto-suficiência alimentar dos reclusos, soube a ANGOP esta quinta-feira.

Dos mil e 74 hectares de terras cultiváveis, conforme o chefe do departamento de Produção dos Serviços Prisionais do Huambo, superintendente prisional Ricardo de Jesus, em declarações à imprensa, 950 estão localizados na comuna do Sambo, no município da Chicala-Cholohanga, e outros 1240 nos arredores da comarca, localizada no bairro do Cambiote, periferia da cidade do Huambo.

O responsável informou que durante a segunda época da campanha agrícola 2020/2021, a instituição utilizou 45 hectares, dos mil e 74 disponíveis, com a produção de mandioca, batata-doce, frutas e hortícolas.

O oficial prisional disse que esta actividade está a ser desenvolvida pelos próprios reclusos, no âmbito do processo de ressocialização e busca da auto-suficiência alimentar.

Paralelamente, disse, a instituição está apostada em actividades de pecuária e aquicultura, com a criação de galinhas, porcos e peixe tilápia, a fim de alimentar a população penal, estimada em mais de mil e 200 reclusos, entre detidos e condenados.

O superintendente prisional Ricardo de Jesus informou que, além destas actividades, desenvolvidas por mais de 600 reclusos, o projecto conta, igualmente, com a plantação de frutíferas (limoeiros e maracujeiras), além de árvores de eucalipto, cedro, pinheiros e moringa, para protecção do ambiente.

O responsável disse que 97 por cento da produção de 200 hectares de milho, feijão e soja cultivados na primeira época agrícola 2020/2021, por reclusos e ex-reclusos contratados, ficaram totalmente destruídos em consequência da seca.

Em representação da população penal, o recluso José Chilumi, louvou a iniciativa da direcção dos Serviços Prisionais, em envolvê-los em actividades do género, que além da auto-suficiência alimentar, contribui para a rápida reintegração socioeconómica dos cidadãos em conflito com a lei.





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