Quipungo – A falta de chuvas atrofiou 30 por cento da previsão de 98 toneladas de bens alimentares que estão a ser colhidos desde Fevereiro, referente a safra da primeira fase da campanha agrícola no município de Quipungo, província da Huíla.
Nos mais de 60 mil hectares cultivados desde Novembro último, com milho, feijão, soja e tubérculos, onde se previa que fossem colhidas 98 toneladas, até a segunda quinzena deste mês serão aproveitadas 29,4, já que grande parte da produção ficou atrofiada devido à seca.
As mais de 35 mil famílias camponesas inseridas na actividade produtiva, clamam agora por apoio em sementes de feijão, soja e de hortícolas, para aproveitar a segunda e terceira fases da campanha agrícola e minimizar os prejuízos, disse na segunda-feira o director municipal da Agricultura no Quipungo, Domingos Mendonça.
Falando à ANGOP, realçou que “a primeira época é para esquecer”, porque choveu pouco e a produção caiu, pelo que as autoridades advinham um ano difícil.
Sublinhou que nos últimos dias tem chovido com regularidade, um cenário que está a ser festejado, porém não há sementes para lançar à terra, preocupação já presente às entidades da província.
Para a segunda e terceira época agrícola estão preparados 25 mil hectares em zonas baixas, cuja previsão, caso haja sementes, é colher em Junho próximo perto de 70 toneladas de bens.
Na campanha agrícola passada o município, que dista a 120 quilómetros a Leste do Lubango, teve a produção também afectada, não só pela seca, mas pela praga de gafanhotos, tendo a safra se fixado em 33 toneladas de cereais.