Huambo – A chefe da Estação Experimental Agrícola da Chianga, na província do Huambo, Helena Maliti, defendeu, esta quinta-feira, uma maior aposta na investigação científica agronómica, na perspectiva da diversificação das culturas locais.
Em declarações à ANGOP, a responsável afirmou que o aumento da produção interna, à semelhança da África Sul, será necessário um forte investimento científico e a implementação de programas agrícolas de longo prazo, focado na redução da importação de fertilizantes e sementes.
Para tal, disse que a instituição pertencente ao Instituto de Investigação Agronómica (IIA) implementou vários projectos agronómicos, com realce para a de produção de mudas de abacate e de fomento da avicultura, para a distribuição aos camponeses locais.
Acrescentou, igualmente, a execução de projectos científicos agronómicos de melhorias de cultivo de massambala, feijão, milho e arroz, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), para a introdução no meio rural.
Helena Maliti disse que a Estação Experimental Agrícola da Chianga, tal como as demais do país, têm a missão de trabalhar nas pesquisas de variedades de culturas agrícolas que se adaptem a diferentes regiões do país, tendo em conta as necessidades dos camponeses.
Referiu que a instituição, com 16 investigadores e dois laboratórios, tem o programa de pesquisa de cereais, leguminosas, raízes e tubérculos, fruticulturas, fitopatologia, solo e nutrição, para além da fertilidade dos solos e das sementes recebidas do exterior do país.
Estação Experimental Agrícola da Chianga, afecto ao Instituto de Investigação Agronómica (IIA), à semelhança das demais no país, tem como objectivo a produção de conhecimentos científicos no domínio da investigação agronómica, incluído o estudo dos solos e clima, a criação, introdução e adaptação de variedades de plantas mais produtivas e de maior qualidade.
Visa, igualmente, a adequação e criação de metodologias apropriadas para a condução de tais estudos, entre outros.
Tutelado pelo Ministério da Agricultura e Pescas, o Instituto de Investigação Agronómica, sedeado no Huambo, conta com as estações experimentais agrícola nas províncias de Benguela, Cabinda, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huíla, Luanda, Malanje, Namibe e Uíge, possuindo, cada uma delas, uma zona agro-ecológica.