Uíge – Duzentas e dezoito mil famílias camponesas das províncias do Uíge, Cuanza Norte, Bengo, Zaire, Benguela, Namibe e Cunene vão beneficiar, a partir deste ano, de apoio do Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares.
O anúncio foi feito quinta-feira, na cidade do Uíge, pelo director-geral do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), David Tunga, no acto de lançamento do Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares (SREP) na região norte, financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (FIDA).
Explicou que o Governo Angolano contraiu um financiamento de 150 milhões de dólares americanos (equivalente a mais de 94 mil milhões de kwanzas) no quadro do SREP, para apoiar essas sete províncias do Norte e Sul do país.
O projecto, a ser executado pelo Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) em seis anos, vai permitir uma intervenção técnica agrária nos municípios das províncias abrangidas, com a implementação das metodologias de escolas de campo.
“Estamos a trazer esse projecto para melhorarmos as intervenções na agricultura familiar e o modo de trabalhar a terra. Vamos apoiar as populações a dinamizar o cultivo da mandioca, do feijão, da banana e de outros produtos, bem como a expansão da produção do massango e massambala”, disse.
Segundo David Tunga, com a produção de massango e massambala, será possível alavancar a criação de aves e de outros animais.
Considerou as escolas de campo como uma ferramenta que vai ajudar, não só os técnicos do IDA, mas fundamentalmente os camponeses, frisando que este mecanismo vai proporcionar às equipas do IDA a transferência de conhecimentos e o apoio na comercialização e processamento de produto.
Vai igualmente melhorar a circulação da população e facilitar o escoamento da produção das zonas de produção para as de consumo, de acordo com a fonte.
“O Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares (SREP) está virado para os agricultores. Este é o foco desta intervenção”, sublinhou.
O vice-governador do Uíge para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, António Mutunda, enalteceu a implementação do projecto, salientando que o mesmo vai melhorar as técnicas de produção e contribuir para o combate à fome e à pobreza nas comunidades.