Malanje- Aproximadamente 150 toneladas de algodão serão colhidas até finais do mês de Setembro pelos camponeses, no município de Cuanda-dya-base, numa área de 50 hectares, no âmbito do programa de reactivação desta cultura na região.
A colheita arrancou a 10 deste mês e conta com o envolvimento de 165 famílias, apoiadas com sementes e material agrícola pela empresa IEP, que no final da safra comprará toda a produção.
A informação foi prestada hoje, segunda-feira, à ANGOP, pelo responsável de produção da empresa, Santos Gomes, realçando que, inicialmente, estava previsto o cultivo de 150 hectares, números não alcançados devido às fortes chuvas registadas nos primeiros meses do ano e que impossibilitaram a preparação de mais áreas.
Em princípio, o preço do algodão deverá rondar os 390 kwanzas por quilograma, de acordo com a fonte.
Para a próxima época agrícola, estima-se o cultivo de 250 hectares, sendo 100 no Cunda-dya-base, 75 no Quela e igual número em Cahombo.
Santos Gomes reiterou a contínua aposta na revitalização da produção algodoeira na Baixa de Cassanje, região que compreende os município de Cunda-dya-base, Cahombo, Quela, Marimba e Massango, com vista a alimentar a fábrica téxtil TEXTANG II, pertença da IEP.
Com a produção de algodão do município de Cunda-dia-base, a empresa Investimentos e Participações cobre apenas 30 por cento da necessidade da unidade fabril, pelo que estão a ser empreendido esforços para aumentar a cobertura e travar a importação dessa matéria-prima.
O programa de reactivação do cultivo de algodão em Malanje teve início em 2021, 43 anos depois da suspensão da produção desta cultura histórica.
Na década de 70, Angola era o quarto maior produtor de algodão do mundo, com uma cifra de 86 mil toneladas/ano. ACC/PBC