Humpata - A produção de cogumelos na comuna da Palanca, município da Humpata, província da Huíla, apoiada pela ONG Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), está paralisada desde Janeiro último, por dificuldades na aquisição de semente.
Inserida no projecto Ehole, a produção é financiada pela União Europeia (UE) desde 2022, que começou um programa de fomento à apicultura e de produção de cogumelo a larga escala nos municípios da Chibia, Humpata e Gambos.
O mesmo projecto envolve cinco mil 381 uma pessoas, cuja acção está orçada em um milhão, 332 mil, 850 euros, 90 por cento dos quais financiado pela UE, através do Instituto Camões, no âmbito do Programa de Fortalecimento da Resiliência da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN), cujo executor é a ADRA que assume dez por cento do montante.
O objectivo é fortalecer a capacidade económica e nutritiva das famílias e a execução está a ser monitorada pelo Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED), o Tundavala (ISPT), ambos da Huíla, e a Faculdade de Ciências Agrárias do Huambo.
Em declarações à ANGOP, o coordenador do projecto Ehole, Anivaldo Pena, realçou que em 2022 e 2023 realizaram-se os primeiros ensaios, chegando a colher mais de 20 kg de cogumelos frescos produzidos fora da época chuvosa, mas este ano os produtores estão a encontrar dificuldades na aquisição da sementes.
Salientou que por ser um produto importado da Espanha, Portugal, África do Sul e Namíbia, apesar de existirem localmente empresas que comercializam, há um protocolo que oferece alguma dificuldade, por ser um material biológico.
“Para ultrapassar a situação estamos a trabalhar com o nosso parceiro que é a Faculdade de Ciências Agrárias do Huambo que trouxe essa tecnologia da produção de cogumelos fora da época chuvosa, no sentido de conseguir ter essa semente e retomarmos a produção dentro das comunidades”, assinalou.
Referiu que a produção de cogumelo na comuna da Palanca, na Humpata, é feita por uma comunidade composta por 60 produtores. BP/MS