Lubango - O Ministério da Agricultura registou no ano agrícola 2020/21 um crescimento na produção de cereais de 4,8 por cento, num total de dois milhões e 800 mil toneladas, resultado da aplicação de novas tecnologias.
No ano agrícola anterior, o crescimento foi de cinco por cento, com maior enfoque para o milho, com uma produção total estimada em três milhões de toneladas, sendo apontada a causa da ligeira queda, este ano, à pandemia da Covid-19.
Os dados foram apresentados, no último fim-de-semana, pelo ministro da Agricultura e Florestas, Francisco de Assis, num fórum sobre o sector, no quadro da Expo-Huíla, que encerrou domingo.
Segundo Francisco de Assis, no próximo ano agrícola prevê-se um crescimento acima dos cinco por cento, em função previsões de chuvas regulares pelo Instituto Meteorologia (INAMET), com foco na produção, em grande escala, de milho, massango, massambala, tubérculos, hortícolas e frutas.
Considerou que, apesar do crescimento, as cifras da produção de cereais e outros bens são ainda irrisórias, pelo facto do sector ainda não ser capaz de produzir a quantidade necessária para o país.
Apontou que o país tem necessidade de 20 a 30 milhões de toneladas de milho/ano, por ser um dos produtos mais consumidos.
Quanto a próxima campanha agrícola, cujo lançamento será feito em Setembro próximo, no Cuando Cubango, o ministro frisou que um milhão e 500 mil famílias agregadas em associações de camponeses estarão envolvidas, 26 mil mais, em relação a época anterior.
Acrescentou que ao todo estão preparados mais de três milhões de hectares.