Huambo - O director-geral da fazenda Mungo, António Varanda, assegurou, terça-feira, na vila com o mesmo nome, a sustentabilidade do agro-negócio com a produção de abacate e moringa, num projecto que envolve as famílias camponesas e agricultores individuais.
O agrónomo falava no acto provincial do Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado a 15 de Outubro, numa cerimónia presidida pelo vice-governador da província do Huambo para o Sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco, em representação do governador local, Pereira Alfredo.
Na ocasião, disse estarem engajados, actualmente, no fomento de um projecto agregador que mobiliza, sobretudo, as mulheres rurais e empresários, para a expansão da produtividade do abacate e da moringa, numa intençao de repovoar estes tipos de culturas em escalas maiores, para a implementação do desenvolvimento económico.
Informou que o projecto tem um concentrado em muda de nove mil 300 abacateiros e, aproximadamente, mil plantas de moringa, para serem povoadas na fazenda Mungo, depois de vários testes e experiências para apurar a certeza produtiva nesta região do Planalto Central do país.
Esclareceu que as plantas de moringa se adaptaram positivamente durante os ensaios e está aprovado que a província do Huambo tem potencialidades para tal, com várias propriedades medicinais ricas em nutrientes, antioxidantes e substâncias activas que ajudam a tratar várias doenças no ser humano.
Precisou que, neste momento, começaram a fazer o cadastro das famílias camponesas e empresários que queiram alinhar no agro-negócio do abacate e moringa, pois a fazenda tem uma estratégia multiplicadora destas frutas com valores industriais internacionais, para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Para o êxito deste projecto, prometeu oferecer técnicas agronómicas fundamentais aos interessados, para a sustentabilidade da produção do abacate e da moringa, num prazo de sete dias, com demonstrações e actividades mais práticas, na melhoria das condições das famílias camponesas e na elevação do capital financeiro dos empresários.
Adiantou que a fazenda tem várias cartas de intenções e contratos para serem assinados com os Países Baixos, Japão, e Alemanha, para a dinamização da exportação do abacate, do chá e de outros produtos da moringa.
Neste diapasão, sinalizou que a Plataforma Logística em construção no município da Caála, concretamente no Corredor do Lobito, vai alavancar vários sectores da economia na província do Huambo e, consequentemente, estimular um ambiente de negócio propício para a promoção do crescimento social e económico.
Fez saber que a fazenda Mungo tem perto de dois mil 700 hectares, dos quais 400 estão cobertos de várias plantações, entre frutíferas, ornamentais e de produção de madeira.
Por sua vez, a directora do gabinete da Acção Social, Família e Igualdade de Género na província do Huambo, Maria de Fátima Cawewe, confirmou que as mulheres rurais vão participar na produção da moringa, para começar uma nova etapa de negócios e, ao mesmo tempo, promover as iniciativas empreendedoras para o combate à pobreza.
Realçou que tudo será feito para a transferência de conhecimentos agronómicos da produção da moringa, para aproveitar e envolver este colectivo de produtoras no projecto do Corredor do Lobito, para que se amplie os programas de desenvolvimento sustentáveis sem assimetrias.
Na sua intervenção, o vice-governador da província do para o Sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco, elogiou os esforços da mulher rural na produção agrícola e nas acções que se prendem com a humanização das comunidades e a preservação da paz, na perspectiva da manutenção do desenvolvimento sustentável.
Precisou que a mulher rural, também, está envolvida na formação de quadros com o seu engajamento laboral e a disponibilização de 80 por cento dos produtos agrícolas que chega à mesa das famílias concentradas no casco urbano.
Destacou os esforços do Governo concentrados na organização do bem-estar deste segmento social ligados aos programas de combate à pobreza, através do empoderamento das mulheres, aproximação dos serviços de saúde, educação e o melhoramentos das estradas, aquisição de fertilizantes, sementes melhoradas e o projecto do kwenda, por via das transferências monetárias.
O Dia Internacional da Mulher no Meio Rural, implementado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, é comemorado todos os anos a 15 de Outubro, com o objectivo de destacar o papel e a situação deste segmento social. LT/ALH
