Cuito – A produção agrícola no Serviço Penitenciário, implementada nos últimos cinco anos, tem reduzido significativamente os custos financeiros ao Estado, afirmou hoje, no Cuito, o delegado em exercício do Minint-Bié, subcomissário-bombeiro Artur Mariano Inácio.
O responsável falava no acto provincial das comemorações do 46º aniversário dessa instituição, assinalado, nesta quinta-feira, sob lema “Penitenciário, 46 Anos Transformando Vidas e Construindo o Futuro com Dignidade”.
Sem avançar os valores que o Estado gasta, o subcomissário-bombeiro Artur Mariano Inácio.disse que, além de reduzir os custos financeiros, a agricultura feita pelos reclusos também melhorou significativamente a dieta alimentar da população penal.
Este projecto, segundo o dirigente, deve ser seguido por outras instituições estatais, de forma a desafogar os cofres do Estado, num momento em que Executivo está apostado na diversificação da economia.
Na província do Bié, o Serviço Penitenciário prevê colher cerca de 400 toneladas de milho e 40 toneladas de feijão, na presente campanha agrícola, nos 180 hectares terras desbravados para efeito.
Além destes cereais, perspectiva-se a colheita de grande quantidade não determinada de mandioca, massambala, massango, soja, girassol, bem como hortaliças diversas.
Para incentivar a apicultura, o Serviço Penitenciário instalou 15 colmeias, assim como controla oito tanques, nos dois estabelecimentos penitenciários (Cuito e Capoto), povoado com cerca de 10 mil e 694 alevinos.
Na ocasião, o director provincial em exercício do Serviço Penitenciário no Bié, intendente José Camacho Francisco, assegurou que, para a próxima campanha agrícola, prevê-se alargar os campos de cultivos, tendo em conta os meios de produção e outros imputes agrícola que a instituição tem beneficiado do governo.
Actualmente, o Serviço Penitenciário controla 854 reclusos, entre detidos e condenados, dos quais 743 no estabelecimento prisional do Cuito e 111 na cadeia de Capolo. AS/PLB