Lubango – O Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC) chegou aos restantes 11 municípios da província da Huíla, após ter beneficiado, na primeira fase, os de Caconda, Caluquembe e Chicomba.
Até ao momento, nos três primeiros municípios foram elaborados 32 planos de negócios e 23 em implementação, número inferior ao orçamento disponível, daí ter-se levado as restantes municípios.
Na cadeia de valor, para além do cultivo do milho, feijão, café, mandioca, soja, batata doce e rena foi acrescentado o amendoim, o trigo e o arroz, ao passo que na pecuária, para além da produção de ovos e frango de corte, aumentou-se a de ovinos e de caprinos.
A informação foi avançada hoje, quinta-feira, à ANGOP, no Lubango, pelo coordenador do PDAC na Huíla, Agnelo Miguel, referindo estar disponíveis dois pacotes de financiamentos, nomeadamente o que vai até 150 mil dólares e o segundo até um milhão de dólares.
Segundo a fonte, financiados os 23 projectos, há um remanescente do orçamento, daí ter-se abrangido outros interessados organizados em cooperativas, que não fazem parte dos primeiros três municípios.
"O desembolso é tanto, que precisamos de mais agricultores. Estamos a falar que até agora só conseguimos uma execução financeira de 40 por cento, visto que o projecto termina já no próximo ano, queremos atingir mais agricultores e alcançar os indicadores", manifestou.
Referiu estarem todos os agricultores convidados, os transformadores e os distribuidores que tenham a sua situação legal e regularizada, contactarem o projecto, através das administrações municipais, no sentido de manifestarem interesse e concorrerem ao financiamento.
Agnelo Miguel relatou que a partir da próxima semana dar-se-á início a algumas visitas aos potenciais beneficiários, no sentido de constatar o que fazem e apresentar o projecto e incentivá-los a aderir.
Destacou que o PDAC é um projecto singular com muitas oportunidades porque além do plano de negócio, que é gratuito, tem a componente da assistência técnica gratuita.
O PDAC é um projecto do Ministério da Agricultura e Florestas que conta com o financiamento do Banco Mundial e da Agência Francesa de Desenvolvimento, num total de 230 milhões de dólares, com a finalidade de aumentar a produtividade dos agricultores comerciais e melhorar o acesso ao mercado.
A intervenção do PDAC centra-se em municípios das províncias da Huíla, de Malanje, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Bié e Huambo. O mesmo foi lançado em 2018, cuja execução está prevista até 2025, num valor global reestruturado de 152 milhões de euros. EM/MS