Cuito - O novo director provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas no Bié, Barnabé Chico Sanguali, pretende apostar na gestão dos fertilizantes, para que, de forma equitativa, possa chegar até ao último camponês.
Em declarações, esta sexta-feira, à ANGOP, três dias depois da sua tomada de posse, o responsável, que substituiu Felizardo Capepula, considerou que a questão dos fertilizantes é muito sensível, por isso almeja fazer uma planificação no processo de distribuição para que o adubo seja entregue a quem realmente o produz.
No acto, a governadora do Bié, Celeste Adolfo, advertiu a necessidade do sector da agricultura conhecer uma nova dinâmica, capaz de dar respostas satisfatórias, a curto prazo, através do fomenta da produção.
Celeste Adolfo disse que o Executivo angolano tem a obrigação de aliviar a situação gritante da fome no seio das famílias e olha para o sector da agricultura como o principal ícone para a diversificação da economia, através do aumento da produção.
"O Bié tem que estar à altura de corresponder estes desafio, lançado pelo Presidente da República, João Lourenço, em defesa do povo", realçou.
Por isso, a governadora apelou ao redobramento de esforço para que, pelo menos, nos próximos seis meses, haja sinais positivos, olhando pela dinâmica, profissionalismo e entrega do novo responsável deste gabinete.
Possuindo inúmeras potencialidades, desde terras aráveis e recursos hídricos, até um clima favorável para a actividade agrícola, o Bié mantém, desde 2019, a média de um milhão 232 mil e 630 toneladas de produtos diversos por época, destacando-se o cultivo de milho, arroz e batata rena, citrinos, sisal, hortícolas e frutícolas, que constituem os produtos mais cultivados na província.
As autoridades governamentais pretendem produzir um total de 1,2 milhões de toneladas de cereais por ano, com destaque para milho, feijão, soja e arroz, até 2027.
Na presente campanha agrícola 2024/2025, as previsões apontam para a produção de dois milhões 70 mil e 484 toneladas de produtos diversos, como milho, feijão, mandioca, soja, amendoim, batata rena, doce, arroz, trigo, hortícolas e frutícolas variadas.
Estão envolvidas 272 mil e 696 famílias camponesas que estão sendo assistidas com insumos agrícolas, com destaque para fertilizantes (adubo 12-24-12, ureia e amónio), num total de oito mil toneladas.
Foram disponibilizados 689 mil e 242 hectares que estão sendo preparados com tracção mecanizada, animal e manual. LB/PLB