Moçâmedes - Os serviços de penitenciária no Namibe prevê o cultivo de um total de 104,37 hectares de terra, nos campos de produção do Bentiaba, Munhino e Aida, municípios de Moçãmedes e da Bibala, com vista a garantir a auto-sutentabilidade.
A informação foi avançada hoje pelo director provincial em exercício do Serviço Penitenciário do Namibe, Alberto Mussungo, no acto de abertura da campanha agrícola 2023-2024, no estabelecimento prisional do Bentiaba, que decorreu sob o lema “Serviço penitenciário, produzir para garantir a auto-suficiencia alimentar”.
O responsável disse que na referida campanha vão ser cultivados produtos como mandioca, milho, banana e hortícolas, culturas agrícolas que vão ajudar no melhoramento da dieta alimentar dos reclusos e efectivos.
Informou que na campanha agrícola anterior foram cultivados 55, 77 hectares, o que resulta na produção de 176,74 toneladas de produtos diversos, com destaque para a mandioca, com 81,56 toneladas.
Para a garantir a produção, continuou a fonte, a presente campanha agricola vai envolver 500 reclusos condenados, o que tem permitido a formação e reintegração dos detentos, evitando a reincidência.
“Para a presente campanha, contamos com um tractor, duas carroças, duas grades, 17 moto bombas, 22 catanas, 39 pás, 22 machados , 431 enxadas e 10 pulverizadores”, informou.
Por sua vez, o delegado provincial do interior em exercício, subcomissário, Nelson da Cruz, informou que mil e 994 reclusos encontram-se a cumprir pena na província, tendo acrescentado que, além da agricultura, os reclusos beneficiam de formação em electricidade, carpintaria e mecânica.
“Tivemos um balanço positivo na campanha anterior, pelo que apelamos o máximo engajamento da população penal, pois a produção agrícola depende dos vossos esforços, devendo, para o efeito, observar as recomendações do estabelecimento penitenciário”, exortou. VR/FA/AC