Cuito - O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, constatou, nesta sexta-feira, os níveis de produção da fazenda Agro-industrial de Camacupa (Bié), tendo considerado um grande desafio a ocupação da área total de cultivo da mesma.
O empreendimento ocupa uma extensão de 10 mil hectares e nas últimas épocas agrícolas tem estado a produzir apenas em três mil hectares.
Segundo o ministro, o objectivo é reforçar a logística das Forças Armadas Angolanas(FAA), um importante passo que vai contar com o apoio do Ministério da Defesa na manutenção e recuperação dos meios.
Afecta às FAA, a Fazenda Agro-industrial de Camacupa tem merecido atenção especial do Executivo nos últimos anos, com finalidade de produzir o suficiente, tendo em conta a sua dimensão, especialmente, para ajudar a reduzir as importações de bens que o país produz, como milho, arroz, feijão, soja e outros bens alimentares.
Em termos de produção, a zona industrial, na sua exploração máxima, pode produzir até 20 toneladas de fuba de milho dia.
A Fazenda Agro-industrial de Camacupa dedica-se, ainda, à criação de animais de pequeno e grande porte e conta com 13 técnicos formados em Medicina Veterinária.
Ainda na sexta-feira, o ministro
João Ernesto dos Santos, acompanhado do governador do Bié, visitou os polígonos florestais de Catabola e Chinguar.
Nestes empreendimentos, também afectos às FAA, o governante mostrou-se satisfeito pelo nível de multiplicação de plantas diversas, tendo considerado um grande ganho para o país e do Bié, em particular.
Além destes, as FAA contam também com um centro de produção de mudas (Catabola), que tem uma capacidade de produzir dois milhões por ciclo.
Todos esses projectos são desenvolvidos pelo Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (ISSFAA).
O polígono do Belchior conta neste momento com um milhão e 100 mil árvores, entre eucaliptos, cedros, pinheiro, parical e outras.
Até Dezembro de 2023 estava previsto atingir um milhão e 800 mil plantas, numa área de mil 500 hectares.
Já para os próximos 15 anos, a projecção é de se plantar 100 mil hectares com árvores diversas, num investimento que vai rondar os 40 milhões de dólares.
Enquanto no polígono da Ganga, no município do Chinguar, que possui mais de quatro mil e 600 hectares, estão plantados acima de 800 hectares, com previsão de atingir mil e 500.
Já o centro de produção de mudas está implantado numa área de 36 mil e 50 metros quadrados, possui três casas de sobra com 15 mil metros quadrados, uma estufa com 126 metros quadrados, 15 mil metros quadrados de área de rustificação de mudas, nave de substratos com 315 metros quadrado, cozinha e refeitório.
Tem ainda uma área de compostagem de 111 metros quadrados, área administrativa, oficina e parque de máquinas, área residencial, sanitários e cortina de vento, com três mil metros lineares, de modo a produzir mudas florestais de alta qualidade e sanidade.
Conta com plantações de dois hectares de eucaliptos diversos, 2,3 hectares de mogno africano, um hectare de acácia, igual de paricá, dois de pinus elliotti e pinus taeda, mudas de teca, cedro, açaí, café arábica, entre outras.
O empreendido visa garantir maior segurança e protecção do meio ambiente, conferir maior dignidade às famílias e de criar negócios para gerar dividendos que financiem o Fundo de Reserva e Estabilização do Sistema de Segurança Social das FAA, bem como reduzir a dependência do Orçamento Geral do Estado (OGE).PLB