Lubango – Agricultores da Huíla começaram este mês a colher a safra da campanha agrícola 2021/2022, em que estudos preliminares apontam para 600 mil toneladas de produtos diversos, das quais 400 mil são de cereais.
Na campanha lançada tardiamente, em Dezembro, dois meses após o previsto, devido ao atraso das chuvas e dos inputs agrícolas, foram cultivados 580 mil hectares e o destaque vai para a colheita de 250 mil toneladas de milho.
Em 2021 a produção global foi de mais de 200 mil toneladas, prejudicada pelas limitações criadas pela covid-19 e pela estiagem.
Os municípios que se destacam são os de Chicomba, Quipungo, Matala, Caluquembe, Caconda, Humpata e Cuvango, conforme o director provincial da Agricultura e Pescas, Pedro Conde.
Sublinhou o nível da produção agrícola aumentou, embora se tivesse registado um período de estiagem em Outubro e Novembro de 2021, assim como em Janeiro deste ano, a regularidade das chuvas nos meses seguintes melhorou a culturas nos campos.
Segundo o diagnóstico feito pela direcção, disse a fonte, a nível dos municípios nota-se há algum alívio e os produtores asseguram resultados satisfatórios, comparativamente aos últimos três anos de “muita” estiagem.
Pedro Conde admitiu que a Huíla produz muito milho, mas sente a falta de infra-estruturas para a conservação, pois só existem silos em quatro dos 14 municípios da província, nomeadamente Caconda, Cuvango, Caluquembe e Matala, cuja capacidade é de 20 mil toneladas.
“A nossa meta é aumentar a produção a nível da província, no sentido de que haja excedente para armazenarmos nestes silos e servirem para outras épocas de escassez, em função da realidade do país”, aludiu.
A produção de cereais na Huíla caiu de 264 mil 752, em 2020, para 150 mil 365 no ano seguinte, com destaque para o milho, massango e massambala.
Na campanha de 2021 a colheita foi de 127 mil 782 toneladas de milho, 12 mil, 133 de massango e dez mil 450 de massambala, produzidos numa área de 397 mil 503 hectares. A produção foi feita por 314 mil famílias camponesas.