Luanda – O Governo angolano, através do Ministério da Agricultura e Florestas, está a trabalhar no sentido de acabar com a exploração ilegal da flora e desmatamento desordenado das florestas angolanas, garantiu, esta quarta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para as Florestas, João Cunha.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia de assinatura de cinco contratos de investimentos privados, avaliados em mais de 300 milhões de dólares, o dirigente recordou que o sector tem assistido a alguma desflorestação ilegal, resultante, essencialmente, da exploração do carvão, facto que obriga o Governo a gizar programas que visam criar alternativas sustentáveis para renda das famílias e manter a preservação da flora.
Apontou a actual desflorestação que se regista na Serra da Leba, província da Huíla, como um dos exemplos do desmatamento anárquico que se assiste no país.
Para esse caso, referiu, o sector está a proporcionar às famílias um programa de fomento à produção de café e outras espécies alimentares e comerciais, para evitar acções que danificam o meio ambiente.
Programas semelhantes, assegurou, vão prosseguir em outras províncias, com a introdução de alternativas e de soluções que permitam garantir às famílias uma renda sustentável.
De acordo com o secretário de Estado, o reflorestamento faz parte das acções que o sector tem desenvolvido, estimulando os empresários e as famílias no sentido de valorizarem as terras devolutas.
Por outro lado, considerou a assinatura dos referidos contratos como de extrema importância, essencialmente, para as províncias de Benguela e do Huambo, no sector florestal.
Segundo João Cunha, esses acordos vão permitir a exploração madeireira de eucaliptos, com a componente de reflorestação.
Com isso, adiantou, o país vai registar a produção de mais madeira para o mercado nacional e internacional, sem prejudicar o ambiente. ASS/QCB